terça-feira, 27 de outubro de 2009

Hérnia de Disco

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, intercaladas por discos intervertebrais.

Esses discos são formados por um núcleo pulposo e por um anel fibroso. O núcleo pulposo é semigelatinoso e uma de suas funções é propiciar espaço entre as vértebras, para a passagem dos nervos entre elas. O anel fibroso é formado por fibras de colágeno, envolve o núcleo pulposo e uma de suas funções é manter o núcleo em seu lugar.

O que é a hérnia de disco?

Hérnia significa a saída de uma víscera ou de parte dela para fora de seus limites fisiológicos.


A hérnia de disco acontece quando o núcleo pulposo rompe o anel fibroso e extravasa para dentro do canal vertebral, podendo comprimir as raízes nervosas ou a medula na região. Afeta cerca de 2% da população mundial e 10% dos casos são de resolução cirúrgica.


Principais causas?

As hérnias de disco podem ser causadas por alguns fatores como:

• má postura,
• atividade física sem acompanhamento,
• obesidade,
• genética,
• excesso de levantamento de carga.

Quais os sintomas?

Os sintomas são abruptos, aparecendo subitamente uma dor na coluna irradiada, que pode vir acompanhada de formigamentos e alteração da sensibilidade, do reflexo e da força.

Nas hérnias cervicais, a dor pode atingir o pescoço e os braços e, no caso de hérnias lombares, pode haver irradiação da dor para as pernas. Geralmente, acomete apenas um dos lados do corpo.







Os sintomas caracterizam a hérnia, pois grande parte da população mundial apresenta alterações nos exames radiológicos, sem possuir nenhum sintoma.


Como fazer o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através do exame físico, do Raio X, da ressonância magnética e, às vezes, da tomografia computadorizada.

Qual o tratamento?

Com o início imediato do tratamento após o diagnóstico, costuma-se eliminar os sintomas em 8-12 semanas, sem relação com a melhora radiológica.

Começa-se com um tratamento baseado em:

• Repouso moderado de no máximo 10 dias;

• Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios e mio-relaxantes;

• Compressas frias ou quentes;

• Injeção de esteróides, no espaço perto do disco comprometido, para controlar a dor e a
inflamação;

• Fisioterapia: No início do tratamento, quando o paciente ainda está em crise, a fisioterapia
é totalmente passiva e tem como objetivo diminuir a dor e relaxar a musculatura. Para atingir esses dois objetivos, o fisioterapeuta pode aplicar aparelhos elétricos, pompagens,
mobilizações e massagens.

Quando os sintomas diminuírem, pode-se iniciar os fortalecimentos e alongamentos. No caso de hérnias, o RPG traz excelentes resultados, pois alivia os sintomas, favorecendo o retorno às atividades diárias e, muitas vezes, evitando a cirurgia.

A cirurgia é indicada quando o tratamento conservador não garante o efeito desejado ou na presença da síndrome da cauda eqüina e na progressão de uma lesão neurológica.

Como Evitar?

• Manter a postura correta quando estiver andando, sentado, em pé, deitado ou
trabalhando,

• Para levantar objetos pesados, não dobrar o quadril. A maneira correta é ajoelhar-se ou agachar-se perto do objeto, mantendo as costas retas. Usar os músculos das coxas para
fazer o levantamento. Evitar girar sobre o tronco,

• Quando estiver em pé, manter sempre uma postura ereta com os ombros para trás,
barriga para dentro, e a parte mais estreita das costas reta. Quando ficar em pé por longos
períodos, movimentar-se bastante, trocar o peso de pé a todo o tempo e manter-se o mais
ereto possível,

• Quando estiver sentado, ficar com os pés bem plantados no solo ou elevados. Levantar-
se a cada 20 minutos e alongar-se (espreguiçar). Dar preferência às cadeiras que têm um bom encosto para as costas,

• Dormir sobre um colchão firme ou com uma prancha rígida sob o colchão. Deite-se de lado
(nunca de bruços) com seus joelhos dobrados ou de costas, com um pequeno travesseiro
sob a cabeça e outro travesseiro sob os joelhos.


Quando retornar ao esporte ou à atividade ?

O objetivo da reabilitação é que o paciente possa retornar ao esporte ou à atividade, o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de agravar a lesão, causando danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência da inflamação e da dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias para isto acontecer.

Geralmente, quanto mais tempo houver sintomas da lesão e não houver interferência de um médico, maior será o tempo para recuperá-la.

Antes de retornar a qualquer atividade árdua, o paciente deve:

• Desempenhar todos os exercícios de reabilitação, sem sentir dor,

• Possuir total alcance de movimento das costas e pescoço, sem dor aguda nas pernas ou
braços,

• Ser capaz de correr, saltar e girar sobre o tronco, sem sentir qualquer dor.