terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER (OSTEOCONDRITE DA TUBEROSIDADE ANTERIOR DA TÍBIA)

O que é a doença de Osgood-Schlatter?
A perna é composta por 2 ossos: a tíbia, que fica na parte de dentro da perna e a fíbula, que fica do lado de fora. Na tíbia existe uma área chamada tuberosidade, que está localizada aproximadamente 2 cm abaixo da patela e é, exatamente, neste ponto onde o tendão patelar se insere. A enfermidade Osgood-schlatter é um dolorido aumento da tuberosidade da tíbia, é mais freqüente em meninos, entre 10 e 15 anos de idade, praticantes de atividades físicas, sobretudo, futebol e, normalmente, apresenta-se no período de crescimento rápido.

Como ocorre?
É causada pela solicitação da extensão do joelho em atividades rotineiras na infância e na prática de esportes. É possível que os músculos da coxa e da panturrilha estejam muito tensos.

Quais são os sintomas?
Dor e edema na saliência abaixo da patela.

Como é diagnosticada?
O médico fará um exame físico do joelho e revisará os sintomas. No Raio-x é possível verificar uma tuberosidade tibial aumentada e fragmentos ósseos irregulares ou soltos da tuberosidade da tíbia.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Repouso ou atividades que não causem dor,
• Compressas de gelo sobre a área afetada por 8 minutos, retirar o gelo por 3 minutos, repetir até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça,
• Uso de tiras ou bandas elásticas sub-patelares, para diminuir a tração do tendão patelar sobre a inserção na tíbia,
• Fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:
• A tuberosidade tibial não estiver sensível,
• Poder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor,
• O joelho e a perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados,
• O joelho não estiver edemaciado,
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar,
• Fazer viradas bruscas, a 45º,
• Fazer viradas bruscas, a 90º,
• Correr, desenhando, no chão um "8", inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade,
• Pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la ?
É muito difícil evitar a doença de Osgood-Schlatter. A coisa mais importante a ser feita é limitar as atividades da criança, tão logo apareça uma saliência dolorida na parte de cima do osso da canela. Um aquecimento apropriado e exercícios de alongamento para coxa e panturrilha podem ajudar a prevenir a enfermidade.

Exercícios de reabilitação para a Doença de Osgood-schlatter:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Os exercícios 1 e 2 podem ter início imediato. Quando a dor já não for intensa, os demais exercícios podem ser iniciados.

 1 - Alongamento de Isquiotibiais na Parede:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.






2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de p é, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

3 - Alongamento do Quadriceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

 
4 - Elevação Com a Perna Estendida
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

5 - Extensão do Quadril de Bruços:
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.