Os músculos glúteos são os músculos que formam a nádega; uma distensão glútea significa que esses músculos sofreram ruptura ou estiramento de suas fibras.
Como ocorre ?
Ocorre freqüentemente durante a corrida (com ou sem obstáculos), o salto e a dança.
Quais são os sintomas ?
Dor na nádega ao subir e descer escadas, ao sentar e ao movimentar a perna para trás.
Como é diagnosticada ?
O médico examinará o quadril, as nádegas e as pernas à procura de sensibilidade nos músculos glúteos.
Como é tratada ?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo, por 20 a 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Administração de medicamentos antiinflamatórios.
• Fisioterapia.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade realizados anteriormente à lesão, deverão ser mudados para que não piore a condição. Por exemplo: nadar ao invés correr.
Quando retornar ao esporte ou atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:
• Possuir total alcance de movimento do lado lesionado, em comparação ao não lesionado;
• Possuir total força do lado lesionado, em comparação ao não lesionado;
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar;
• Fazer viradas bruscas, a 45º;
• Fazer viradas bruscas, a 90º;
• Fazer o “8” com 18 metros;
• Fazer o “8” com 9 metros;
• Pular com ambas as pernas e depois, somente com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como evitar a distensão glútea ?
A melhor maneira de evitá-la é aquecendo-se e alongando-se adequadamente antes e depois de realizar as atividades.
Exercícios de reabilitação para a distensão glútea:
Os exercícios a seguir são apenas um guia do tratamento básico, por isso o paciente deve fazer o tratamento acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
Esses exercícios podem ser realizados desde que a dor aguda não esteja mais presente e devem ser progressivos.
1 - Alongamento Com Um Único Joelho Sobre o Peito:
Deitar sobre as costas, com as pernas estendidas.
Trazer o joelho do lado lesionado para cima do peito, segurar na parte de trás da coxa e puxá-lo de encontro ao peito, alongando o músculo da nádega.
Manter essa posição por 30 segundos e retornar à posição inicial.
2 - Alongamento em Pé da Musculatura Isquitibial:
Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.
Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.
Colocar as mãos nos pés, ou tornozelo caso não os alcance.
Manter os ombros e as costas eretos.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.
3 - Enriste Pélvico:
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
4 - Extensão do Quadril de Bruços:
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.
5 - Extensão do Quadril Com Resistência:
Amarrar o Thera Band (faixa terapêutica) no pé de uma cama.
Em pé, de frente para a cama, prender a faixa no tornozelo.
Levar a perna para trás, mantendo o joelho estendido. Sem inclinar o tronco para frente.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício estiver fácil, afaste-se mais da cama.
6 - Abdução do Quadril Com a Faixa Terapêutica:
Em pé, de lado para cama, com o lado não lesionado mais próximo dela. Manter a faixa em volta do tornozelo da perna lesionada.
Com a perna lesionada estendida, levá-la para longe da perna boa.
Retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
7 - Arrancada:
Em pé, dar uma grande passada para frente, com a perna do lado lesionado.
Mergulhar o joelho do lado não lesionado em direção ao solo e dobrar o do lado lesionado.
Retornar à posição inicial. Repetir o exercício, mas dessa vez dando a passada com a perna do lado não lesionado e mergulhando o joelho do lado lesionado para baixo.
Fazer 10 repetições de cada lado.
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.
5 - Extensão do Quadril Com Resistência:
Amarrar o Thera Band (faixa terapêutica) no pé de uma cama.
Em pé, de frente para a cama, prender a faixa no tornozelo.
Levar a perna para trás, mantendo o joelho estendido. Sem inclinar o tronco para frente.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício estiver fácil, afaste-se mais da cama.
6 - Abdução do Quadril Com a Faixa Terapêutica:
Em pé, de lado para cama, com o lado não lesionado mais próximo dela. Manter a faixa em volta do tornozelo da perna lesionada.
Com a perna lesionada estendida, levá-la para longe da perna boa.
Retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
7 - Arrancada:
Em pé, dar uma grande passada para frente, com a perna do lado lesionado.
Mergulhar o joelho do lado não lesionado em direção ao solo e dobrar o do lado lesionado.
Retornar à posição inicial. Repetir o exercício, mas dessa vez dando a passada com a perna do lado não lesionado e mergulhando o joelho do lado lesionado para baixo.
Fazer 10 repetições de cada lado.