segunda-feira, 2 de maio de 2011

Torções

Movimentos giratórios de uma articulação são as causas mais freqüentes da torção.

Quais são os sintomas?
• A articulação fica inchada e dolorida.
• Incapacidade de movimentar a articulação lesionada.
• A princípio, a pele da articulação fica vermelha e, em poucas horas ou até dias, apresenta equimose.

Como é diagnosticada?
O médico examina a lesão. Talvez sejam necessários raios X para se certificar de que não existem ossos quebrados.

Como é tratada?
A regra geral para o tratamento de torções é D-C-C-E:
• Descanso: Primeiro é preciso evitar atividades que causem dor. Em casos de torções no tornozelo ou no joelho, pode ser necessário usar muletas.
• Compressas de gelo: aplicar compressas de gelo sobre a área da torção por 8 minutos seguidos de 3 minutos de pausa, esse ciclo deve ser repetido até completar o 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Compressão: O médico poderá recomendar o uso de uma faixa elástica envolta da articulação torcida para reduzir o edema.
• Elevação: Manter a articulação lesionada elevada acima da altura do coração.
Além disso:
• O médico pode fornecer ao paciente um dispositivo para ajudá-lo a apoiar a articulação como, por exemplo, uma tala, uma bengala ou uma tipóia.
• O médico pode recomendar uma medicação antiinflamatória ou algum outro analgésico.
• Exercícios podem ser sugeridos para ajudar o paciente a se recuperar mais rapidamente.
• Algumas torções com total rompimento dos ligamentos podem precisar de cirurgia

Como prevenir uma torção ?
A maioria das torções ocorre por acidentes, por isso incontroláveis. Entretanto, usar calçados apropriados para a atividade e ficar atento ao andar em superfícies irregulares, pode ajudar na prevenção.

DOENÇAS REUMÁTICAS E FISIOTERAPIA

As doenças reumatológicas acometem articulações, músculos, ligamentos, tendões, sem ter acontecido nenhum trauma, e o sistema imunológico, que agride os órgãos como, coração, rins, etc.. Entre essas doenças estão: Lupus Eritematoso, Espondilite Anquilosante, Artrite, Artrite Reumatóide, Gota, Febre Reumática e outras.
O reumatismo acomete principalmente adultos e idosos, mas algumas das doenças atingem as crianças e jovens.
O diagnóstico através do exame físico e da história do paciente pode ser fácil, mas muitas vezes torna-se um desafio para o médico.
O tratamento é feito basicamente com antiinflamatórios e fisioterapia.

Fisioterapia na Reumatologia:
A Fisioterapia tem como objetivo principal, a reintegração do indivíduo na sociedade.
As doenças reumatológicas crônicas, na maioria dos casos, geram algumas incapacidades; nestes casos, a fisioterapia tem como objetivo, retardar e/ou amenizar os déficits identificados.
É importante que o indivíduo procure o médico para que o diagnóstico e o tratamento dessas doenças sejam definidos o mais precocemente possível e assim, a fisioterapia, iniciada ainda no período agudo da doença, possibilite maiores chances da manutenção e/ou melhora dos sintomas e funções do organismo dos pacientes.
Os métodos fisioterapêuticos mais utilizados nas alterações reumatológicas são: ultra-som; ondas curtas; crioterapia (gelo); laser e TENS que agem de forma analgésica, anti- inflamatória e cicatrizante. Além destes recursos existem exercícios específicos, massagens, alongamentos, mobilizações e outros.
Por isso, sempre que for solicitada, a fisioterapia deve ser realizada de 2 a 3 vezes por semana, para que todos os recursos atinjam os efeitos necessários.
É importante que os portadores de doenças reumáticas pratiquem esportes.

QUEDA DE IDOSOS

A população idosa é a que mais cresce no mundo e 1\3 dela sofre quedas todo ano, sendo essa a causa mais freqüente de lesões acima de 65 anos, podendo levar à perda de independência, diminuição da mobilidade e até à morte. No Brasil, cerca de 42% dos idosos já caíram alguma vez e segundo o Ministério da Saúde, mais de 25.000 idosos morreram devido a quedas.
Por esses motivos, a prevenção das quedas, principalmente nesta fase da vida, é muito importante.

Porque as quedas acontecem?
Existem alguns fatores que as facilitam:
• Alterações visuais;
• Alterações auditivas ou do sistema vestibular (responsável pelo equilíbrio);
• Alterações neurológicas;
• Alterações cardiovasculares;
• Demência;
• Alterações músculo-esqueléticas;
• Sedentarismo;
• Obstáculos;
• Calçados inadequados;
• Condições climáticas;
• Falta de assistência nas atividades diárias – como pegar objetos em armários altos;
• Chão escorregadio após o banho;
• Solos irregulares;
• Medicamentos que causam confusão mental.

Quais as conseqüências?
As principais conseqüências das quedas são fraturas de quadril, coluna, punho e ombro; sendo a de quadril a mais comum e muito perigosa, pois tem alto índice de morbidade e mortalidade.
Alguns fatores podem ser minimizados com o uso de medicamentos ou órteses (audição).

Como preveni-las?
Para reduzir as chances de queda, o indivíduo deve:
• Iniciar um programa regular de exercício: Melhora a força, o equilíbrio, a coordenação motora e promove sensação de bem estar.
• Deixar a casa segura, já que o local mais comum de quedas é em casa: retirar objetos que possam causar tropeços ou escorregões; guardar objetos usados com freqüência em armários baixos e de fácil alcance; colocar corrimão e piso que não escorregue no banheiro; manter as janelas sem cortinas e usar lâmpadas fortes, principalmente no começo e no topo da escada; usar sapatos leves, fechados e de sola fina, evitar chinelos, sandálias e tênis de esporte.
• Pedir para alguém ajudar com os remédios, manter uma lista com os nomes deles e os horários a serem tomados e outra lista com os nomes e telefones dos médicos.
• Fazer check-up periodicamente. Principalmente da visão e da audição.

OSTEOPOROSE

O que é e como funciona o osso?
O osso é um tecido vivo e uma estrutura rígida na parte mais externa, sendo menos densa na região central. Os minerais (principalmente o cálcio) entram e saem constantemente dele, remodelando-o o tempo todo. É formado por 3 tipos de células:
• Os Osteoblastos, responsáveis pela formação óssea;
• Os Osteclastos, encarregados da reabsorção óssea,ou seja, da destruição do osso;
• Os Osteócitos, células adultas.
Nas crianças, os osteoblastos produzem mais osso do que os osteoclastos destróem. Nos adultos jovens, as duas células alcançam um equilíbrio entre elas, não havendo nem ganho nem perda de massa óssea. Na fase adulta, a reabsorção é ligeiramente maior que a formação, diminuindo lentamente a massa e a densidade óssea; esse desequilíbrio pode ser intensificado por alguns fatores, causando a osteoporose.

O que é a Osteoporose?
Osteoporose significa “osso poroso” e é caracterizado pela perda de massa progressiva; atinge principalmente, idosos do sexo feminino. É mais comum nas mulheres por terem ossos naturalmente menos densos, o que é agravado na menopausa, quando a perda de massa óssea ocorre de maneira mais intensa e rápida, causada pela alteração hormonal.

A - osso normal / B - osso de um paciente com osteoporose


A doença não apresenta sintomas ou desconforto, até que aconteça alguma queda, seguida de fratura ou o contrário. O diagnóstico deve ser precoce, para que o tratamento seja rapidamente iniciado, evitando complicações como fraturas - colo de fêmur, punhos e vértebras - e deformidades. É comum ver o achatamento e o encurvamento da coluna, diminuindo a altura do indivíduo:

Qual a causa da osteoporose?
Todas as causas da doença ainda não são conhecidas, mas ela é influenciada pelos seguintes fatores:
• Idade;
• Diminuição do Estrógeno na menopausa;
• Homens com níveis de Testosterona abaixo do normal;
• Sedentarismo;
• Tabagismo, café ou álcool em excesso;
• Fatores genéticos;
• Raça branca ou amarela;
• Dieta pobre em cálcio e rica em gorduras e proteínas;
• Uso de esteróides;
• Problemas na tireóide.

Como é diagnosticada?
O diagnóstico é realizado através do Raio X da coluna, que indica a rarefação dos ossos e da densitometria óssea, que quantifica o grau da doença. Nenhum deles provoca dor ao paciente.

Como é tratada?
O tratamento varia de caso para caso, de acordo com os fatores de risco apresentados pelo paciente. O tratamento precoce traz melhores resultados. Alguns dos tratamentos utilizados são:
• Reposição de Cálcio;
• Reposição hormonal;
• Calcitominas e Biofosfonatos – inibem a ação das células que destroem a massa óssea; somente o medico poderá indicar o uso;
• Exercício físico.

Além do tratamento, existem algumas orientações a serem observadas:
• Seguir a dieta recomendada pelo médico responsável, que deve ser rica em ingestão de cálcio;
• Tomar sol, nos horários indicados pelo médico (das 8 às 10 da manhã e após as 4 horas da tarde);
• Para dormir, utilizar colchões firmes;
• Tomar cuidado com as quedas;
• Evitar ou diminuir o tabagismo e a ingestão de café e/ou álcool.
A osteoporose não pode ser evitada, mas o seu aparecimento pode ser retardado e sua progressão desacelerada, através da prevenção, do diagnóstico e do tratamento precoce.

Quais os exercícios são indicados para o tratamento e a prevenção da osteoporose ?
O programa de exercício deve ter caminhadas, de 3 a 5 vezes/semana, por 30 minutos e exercícios de fortalecimento e alongamento, de frente para um espelho.
O programa de fortalecimento e alongamento tem ênfase em quadril e pernas, pois são as articulações que suportam o peso do corpo.
Os exercícios devem ser constantes, pois aumentam a deposição de cálcio nos ossos.
A flexão, a extensão e as rotações da coluna devem ser evitadas.

I - PARTE: Alongamentos

1 - Alongamento dos Isquiotibiais: Começar colocando o calcanhar de uma perna sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura. Inclinar o tronco para frente, sem enrolar a coluna, até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.
Manter por 30/60 segundos e repetir 3 vezes.


2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.



3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do seu corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela. Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega.
Não enrolar ou girar as costas. Repetir 3 vezes.


II -PARTE: Fortalecimento:


1 - Elevação Anterior do Ombro:

Elevar os dois braços para frente - 3X10



2 - Elevação Lateral dos Ombros:

Elevar os dois braços lateralmente, com as palmas das mãos para baixo, até a altura do ombro - 3X10;


 3 - Bíceps Alternado:

Com os braços encostados no tronco, flexionar os cotovelos intercaladamente - 3X10;


 4 - Flexo-extensão do Punho:

Dobrar e esticar os punhos - 3X10;

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - Abrir e Fechar as Mãos:
3x10;




 













6 - Agachamento:
Com o tronco encostado em uma parede e os pés afastados, cerca de 10 cm, entre si e da parede, agachar lenta e moderadamente, manter 10 segundos e levantar;

Em pé com as mãos apoiadas:

 7 - Flexão de Quadril:
Levar o joelho no sentido do tórax e voltar - 3X10;














 8 - Elevação Lateral de Pernas:
Elevar uma das pernas lateralmente, afastando-a da outra e voltar- 3X10;


 
9 - Elevação Posterior de Pernas:
Levar o pé para trás, dobrando o joelho e voltar- 3X10;




 
10 - Fortalecimento de Tríceps Sural:
Ficar nas pontas dos pés, manter 10 segundos e relaxar.
Repetir 5 vezes