segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DOR NA CANELA (TIBIALGIA)

O que é a tibialgia ou dor na canela?
É a dor na parte da frente da perna, abaixo do joelho e acima do tornozelo. Pode atingir a tíbia (o osso da canela) ou os músculos de ambos os lados dela. A dor na canela também é chamada talas na canela.

 Como ocorre?
Geralmente ocorre por desgaste. Esse problema pode surgir através de fraturas de estresse na tíbia ou na fíbula ou por irritações nos músculos ou tecidos na parte inferior da perna. Pode ocorrer em corredores que aumentam a distância ou a intensidade da corrida ou mudam a superfície pela qual correm. Durante a marcha, o pé fica um pouco na posição horizontal quando toca o solo, se o pé assume uma posição mais horizontal que o normal, acontece uma pronação acentuada, que pode contribuir para a dor na canela.

Quais são os sintomas?
Dor na parte inferior da frente da perna, que pode ser durante o descanso, o exercício ou ambos.

Como é diagnosticada?
O médico examinará a parte inferior da perna, procurando por sensibilidade. Ele poderá querer analisar a marcha do paciente, para perceber se acontece a pronação acentuada.
Ele também poderá pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética da perna para verificar se houve fratura por estresse.

Como é tratada?
• Fazer compressas de gelo sobre o músculo distendido por 20 a 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Fazer massagem com gelo: Congelar água em um copo descartável e rasgar a parte de cima. Esfregar o gelo na área lesionada por 5 a 10 minutos, 3 vezes por semana.
• Tomar medicamento antiinflamatório, prescrito pelo médico.
• Usar suportes para os arcos, feitos sob medida (Orthotics) para corrigir a pronação acentuada, prescritos pelo médico.
• Fazer exercícios de reabilitação.

Durante a recuperação da lesão, o esporte, realizado costumeiramente antes dela, terá que ser mudado para uma que não piore a condição. Por exemplo: Nadar ou andar de bicicleta ao invés de correr. Quando voltar a correr, usar calçados de qualidade e correr sobre superfícies macias.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação da lesão da perna, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer.
Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário:
• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação à não lesionada.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação à não lesionada.
• Poder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Poder correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Poder fazer viradas bruscas, a 45º.
• Poder fazer viradas bruscas, a 90º.
• Poder fazer o “8”, com 18 metros.
• Poder fazer o “8”, com 9 metros.
• Poder pular com ambas as pernas e depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como posso evitar a dor na canela?
• A dor na canela normalmente ocorre através de desgaste, por isso reiniciar a atividade gradualmente.
• Utilizar calçados com amortecimento apropriado.
• Correr sobre superfícies macias.
• Aquecer e alongar os músculos da parte da frente da perna e a da panturrilha.

Exercícios de reabilitação para a dor na canela:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.
Iniciar esses exercícios quando a dor diminuir, pelo menos por volta de 25% em relação à dor máxima.

1 - Alongamento da Panturrilha:
A – Alongamento Com a Toalha:
Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.
Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.
Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.
B – Alongamento da panturrilha em Pé:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado. Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

2 - Alcance de Movimento Ativo do Tornozelo:
Pode ser feito sentado ou deitado.
Com a perna esticada e o joelho apontando para o teto, movimentar o tornozelo para cima e para baixo, para dentro e para fora e em círculos.
Não dobrar o joelho enquanto estiver fazendo esse exercício.
Repetir 20 vezes em cada direção.


 3 - Alongamento do Compartimento Anterior:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.





4 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.
C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.
D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.


5 - Elevação dos Calcanhares:
Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos pés, tirando os calcanhares do chão, ficando nas pontas dos pés.
Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.

 6 - Elevação dos Dedos dos Pés:
A- Sentado:
Em uma cadeira com os pés nivelados ao solo, suavemente elevar os dedos do pé lesionado, mantendo o calcanhar no chão.
Manter por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
B - Em pé:
Tirar os dedos do chão.
No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.
Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries de 10.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

DISTENSÃO DE TENDÕES FIBULARES

O que é a distensão de tendões fibulares?
Uma distensão é uma lesão na qual fibras musculares ou tendões são estirados ou rompidos. Os músculos fibulares estão na parte externa da perna e seus tendões se ligam ao pé. Esses músculos e tendões ajudam a movimentar o pé externamente.

 Como ocorre?
Durante uma torção em que o pé é virado para dentro, movimento chamado de inversão, os tendões fibulares podem ser distendidos ou rompidos. Eles também podem se lesionar quando o pé é forçado para cima de encontro à canela. A distensão dos tendões fibulares pode resultar de corridas em ladeiras ou uso de calçados que exijam muito da parte externa do calcanhar.

Quais são os sintomas?
Dor e edema na parte externa da canela e do tornozelo.
Como é diagnosticada?
O médico examinará o tornozelo e a perna e fará movimentos com eles para testar os músculos e os tendões. Raios-x podem ser tirados, para saber se há fratura no tornozelo ou em um dos ossos do pé.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre o tornozelo, por 20 a 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça;
• Elevação do tornozelo, para diminuir o edema. Colocar um travesseiro sob o pé;
• Uso de uma faixa elástica envolta no tornozelo, para diminuir o edema;
• Uso de tornozeleira;
• Fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:
• Dobrar e esticar totalmente o tornozelo, sem sentir dor;
• A perna e o tornozelo recuperarem a força normal, em comparação aos não lesionados;
• Não houver edema;
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar;
• Fazer viradas bruscas, a 45º;
• Fazer viradas bruscas, a 90º;
• Fazer o “8” com 18 metros;
• Fazer o “8” com 9 metros;
• Pular com ambas as pernas e somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como prevenir a distensão de tendões fibulares?
A melhor maneira de prevenir essa distensão é mantendo os tornozelos e os músculos fibulares fortes, usando calçados para esporte de alta qualidade e tornozeleiras, aquecendo-se antes e depois do esporte.
Na corrida, escolher superfícies planas e evitar pedras e buracos.
Exercícios de reabilitação para a distensão de tendões fibulares:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Esses exercícios podem ter início quando for confortável para o paciente suportar o seu peso sobre as duas pernas.

1 - Alongamento Com a Toalha:
Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.
Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.
Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.

2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


 3 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé.
Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
B - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10.

4 - Elevação Dos Dedos do Pé:
Em pé, tirar os dedos do chão.
No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.
Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries de 10. 
5 - Equilíbrio Sobre Uma Perna:
Ficar em pé, sem apoiar em nada e tentar equilibrar-se sobre a perna lesionada. Não deixar que o arco do pé aplaine-se, nem que os dedos do pé se dobrem.
Começar com os olhos abertos e, posteriormente, tentar fazer o exercício com os olhos fechados.
Manter a posição sobre uma única perna por 30 segundos.
Repetir 3 vezes.

 
6 - Pular Corda:
Pular corda com as duas pernas, por 1 minuto, depois apenas sobre a perna lesionada, por 1 minuto.
Se ficar fácil, aumentar o tempo.

CALOS

O calo é uma lesão hiperqueratósica que se forma por excesso de pressão local, em geral sobre uma proeminência óssea.
Os calos são muito comuns na região das cabeças dos metatarsos, associados à metatarsalgia. A sobrecarga também pode ocorrer pelo uso de calçados de saltos ou em pé cavos. Além disso, os calos se desenvolvem por uso de calçados com formato
inadequado para os pés, causando hiperpressão local, podendo ocasionar até deformidades nos dedos.

Tratamento:
A metatarsalgia pode ser tratada com palmilhas e alteração dos calçados. O importante é tratar a causa (hiperpressão) e não apenas a consequência (calosidade).
Pode-se proceder a remoção da hiperqueratose com uma lâmina de bisturi, até atingir um tecido viável. No entanto, deve-se eliminar a causa da pressão (calçado inadequado ou proeminência óssea).

APOFISITE CALCÂNEA (ENFERMIDADE DO ROMPIMENTO)

O que é a apofisite calcânea?
Na região do calcanhar, existe um osso chamado calcâneo. Na criança, este osso apresenta uma placa de crescimento ou apófise, que é responsável pelo crescimento do osso.
A apofisite calcânea é a inflamação desta placa de crescimento, sendo a causa mais comum das dores no calcanhar em crianças, pré adolescentes e adolescentes.
É conhecida também, por enfermidade do crescimento, osteocondrite ou doença de Sever.

Como ocorre?
A inflamação da placa de crescimento, nessa região, ocorre por traumatismos, através de repetidas pancadas no calcanhar, ou pelo uso de calçados impróprios, por falta de amortecedores no calcanhar ou por falta de suporte para os arcos plantares.

Como é diagnosticada?
O médico realizará um exame físico, procurando dor na região posterior e lateral do calcanhar.
Em casos mais sérios de apofisite calcânea, o médico precisará de Raio X para confirmar possíveis danos à placa de crescimento.

Como é tratada?
A criança precisará de repouso e poderá realizar atividades que não causem dor no calcanhar. O uso de calçados com bons amortecedores e com suporte para os arcos é ainda mais importante, nesta fase.
Amortecedores extras e palmilhas, feitas sob medida para sustentação dos arcos, podem regredir a inflamação.
Antibióticos e anti-inflamatórios também podem ser indicados.

Quando a criança pode retornar a sua atividade ou esporte?
O objetivo do tratamento é que a criança retorne às suas atividades diárias e ao esporte, o mais breve e seguro possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de piorar a lesão e causar danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência de inflamação e de dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias, para este retorno.
Geralmente, quanto mais tempo levar para procurar um médico, após o início da inflamação, mais tempo será necessário, para recuperá-la.
Para ter alta, a criança precisa conseguir caminhar, correr e pular apenas com o pé lesionado, sem sentir dor; caso ela não consiga, o repouso deve ter início imediato e durar de 3 a 4 dias.

Como a apofisite calcânea pode ser evitada?
O uso de calçados apropriados pode evitar a inflamação. O calçado não deve ser muito apertado na região do calcanhar, além de oferecer amortecedores e bom suporte para os arcos do pé.

TENDINITE PATELAR (JOELHO DE SALTADOR)

O que é a tendinite patelar?
O tendão patelar está localizado bem abaixo da patela e faz a ligação entre ela e o osso da perna (tíbia). A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.

 Como ocorre?
A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente. Outras atividades que podem causar a tendinite patelar, quando realizadas repetidamente, são: correr, caminhar e andar de bicicleta. Todas essas atividades causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação.
Tendinite patelar também pode ocorrer em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos ou pés com arcos que se chocam quando você corre ou anda (pé chato), condição que se chama pronação acentuada.

Quais são os sintomas?
• Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar.
• Edema no joelho ou onde o tendão patelar se conecta ao osso da perna.
• Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo.
• Dor ao dobrar ou esticar a perna.
• Sensibilidade na parte de trás da patela.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho procurando por sensibilidade no tendão patelar. Ele pode pedir para o paciente correr, saltar ou agachar para saber se esses exercícios causam dor.
Os pés serão examinados para descobrir se há pronação acentuada.
O médico poderá pedir raios-x do joelho.

Como é tratada?
• Aplicação de compressas de gelo sobre a área por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem gelo, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico.
• Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada tira-infra-patelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele.
• Uso de suportes para o arco, feitos sob medida, em caso de pronação acentuada.
Durante a recuperação da lesão, o esporte ou a atividade, anteriormente praticados, devem ser mudados para outros que piorem a condição. Por exemplo: Nadar ao invés de jogar basquete.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Puder dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Possuir total força da perna lesionada, em comparação à outra perna.
• Não possuir mais edema no joelho.
• Puder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Puder fazer viradas bruscas a 45º.
• Puder fazer viradas bruscas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Puder correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Puder pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la?
A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evitá-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento das pernas.

Exercícios de reabilitação da tendinite patelar:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Mobilidade Patelar:
Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados.
Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé.
Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial.


Então, puxar a patela para cima em direção à cintura.
Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial.
Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos.
Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.

2 - Alongamento em Pé da Musculatura de Isquitibiais:
Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.
Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.
Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos.
Manter os ombros e as costas eretos.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.

3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


4 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.

5 - Elevação Com a Perna Estendida:
Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa.
Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente.
Repetir 10 vezes e fazer 03 séries.

6 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação):
Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos.
Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta.
Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.
Alternar as pernas. Fazer 3 séries de 10. 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SUBLUXAÇÃO PATELAR

O que é subluxação patelar?
É o deslocamento lateral, temporário e parcial da patela, que sai da sua posição normal.
A patela deve ficar posicionada entre duas sali ências ósseas, chamadas côndilos femorais, na extremidade inferior do osso da coxa (fêmur), mas durante a subluxação ela se movimenta para a lateral.
Como ocorre?
O deslocamento temporário da patela normalmente ocorre durante uma extensão forçada da perna.
Existem alguns fatores que podem facilitar a subluxação da patela:
• Desequilíbrio da força entre os músculos da parte interna e da parte externa da coxa. Fraqueza dos músculos internos e muita força dos músculos da parte de fora da coxa.
• Desalinhamentos do membro inferior, como: patela alta, joelhos valgos, subdesenvolvimento do côndilo femoral externo, ângulo Q aumentado (quadris largos), etc.

Quais são os sintomas ?
Dor intensa e edema.

Como é diagnosticada?
O médico verificará os sintomas e examinará o joelho do paciente. Dependendo do grau da lesão é possível sentir a patela deslizar para fora quando o paciente dobra ou estica o joelho.
Raios X podem auxiliar no diagnóstico.

Como é tratada ?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressa de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausa de 3 minutos. O ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Elevação do joelho.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios.
• Uso de uma órtese prescrita pelo médico, para manter a patela no lugar.
• Fisioterapia, para fortalecer a parte interna do músculo da coxa.
Algumas pessoas precisam submeter-se a cirurgia para evitar a repetição da subluxação da patela.
No período de recuperação da lesão sugere-se que o paciente mude de esporte ou de atividade para uma que não piore a condição. Por exemplo, andar de bicicleta em vez de correr.

Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Recuperar a força normal de joelho e perna, em comparação ao joelho e perna não lesionados.
• Não apresentar edema no joelho.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8", inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fizer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e depois somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la?
A melhor maneira de evitá-la é mantendo fortes os músculos das coxas, particularmente, o grupo de músculos da parte interna (vasto medial oblíquo).
Exercícios de reabilitação da subluxação patelar:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento na Parede da Musculatura do Jarrete Isquiotibial:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.

2 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


3 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.

 4 - Elevação Com a Perna Estendida:
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.

Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

5 - Extensão do Quadril de Bruços:
De bruços e com as costas sempre retas, contrair uma nádega contra a outra e, ao mesmo tempo, suspender a perna lesionada, uns 10 cm do solo.
Manter a perna elevada por 5 segundos e, então, abaixá-la.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. 


6 - Levantamento de Peso com Elevação da Perna Estendida
O paciente deve sentar na beira da cama, com as pernas dobradas para fora.
Estender o joelho, principalmente os últimos graus.
Mantém 3 segundos.
Relaxar e repetir por 10 vezes.
Quando ficar fácil, deve-se usar caneleiras com peso. 

SÍNDROME PATELOFEMORAL

O que é a síndrome patelofemoral ?
É a dor na região anterior do joelho, na parte de trás da patela.

O termo patelofemoral parece apropriado, já que não é possível distinguir qual estrutura, a patela ou o fêmur, é especificamente afetada. Já lhe foram dados vários nomes, incluindo: desordem patelofemoral, mau alinhamento patelar, joelho de corredor e condromalácia, mas hoje em dia, os termos síndrome da dor patelofemoral, dor anterior do joelho ou instabilidade femuropatelar são, preferencialmente, usados.

É mais comum em adolescentes, mulheres e atletas, especialmente corredores.

Como ocorre ?
A síndrome patelofemoral é multifatorial, provavelmente ocorre pela combinação de:
• Microtraumas repetitivos,
• Mau alinhamento da patela,
• Uso excessivo da articulação do joelho,
• Desalinhamento do mecanismo extensor do joelho associado a uma movimentação lateral excessiva da patela.
A parte superior da patela é ligada a um grande grupo de músculos da coxa, chamado quadríceps, e sua extremidade inferior é ligada ao tendão patelar, que se insere no osso da perna, logo abaixo do joelho.
A patela apóia-se em sulcos nas extremidades do osso da coxa (fêmur), chamados côndilos femorais e durante a extensão e flexão do joelho, a patela “flutua” sobre eles.
Porém, pessoas que apresentam desequilíbrios de força entre os músculos laterais e mediais da coxa, aumento do ângulo Q (pessoas que tem o quadril largo), patela alta ou hipermóvel e joelho valgo (para dentro) favorecem a instabilidade e a lateralização da patela, tirando-a do “trilho”. Quando isso acontece, acontece uma compressão da patela no côndilo femoral, podendo irritar a superfície posterior da patela e causando dor.

Quais são os sintomas ?
O principal sintoma é a dor na região anterior do joelho, entre a patela e o fêmur. Essa dor é intensificada quando alguma atividade que aumenta a carga nesta articulação é realizada, como: corridas, escaladas, agachamentos, o simples fato de ajoelhar ou de ficar muito tempo sentado. Alguns pacientes referem sensação de instabilidade do joelho e, raramente, é acompanhada de edema.
Como é diagnosticada ?
O médico revisará os sintomas, examinará o joelho e o alinhamento do membro inferior. Ele poderá pedir raios-x.

Como é tratada ?
O paciente deve fazer:
• Compressas de gelo sobre os joelhos por 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação do joelho, colocando um travesseiro debaixo da perna, quando houver dor,
• Uso dos medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico,
• Os exercícios recomendados pelo médico ou fisioterapeuta.
O médico poderá recomendar o uso de órteses no tornozelo ou no joelho. Durante a recuperação da lesão, a atividade ou esporte praticado anteriormente, deverá ser modificado, para que não agrave a condição. Por exemplo: Alguém que costumava correr, agora terá que caminhar.
Em casos severos de síndrome patelofemoral, a cirurgia poderá ser indicada.
O médico mostrará exercícios que ajudarão a diminuir a dor na parte de trás da patela.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que levaria a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo forem realizados, progressivamente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor,
• Joelho e perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados,
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
• Correr em linha reta, a toda velocidade, sem mancar,
• O joelho não estiver edemaciado,
• Fazer viradas bruscas, a 45º,
• Fazer viradas bruscas, a 90º,
• Correr, fazendo o “8”, de 18 metros,
• Correr, fazendo o “8”, 9 metros,
• Pular com ambas as pernas e só com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitar a síndrome patelofemoral ?
A melhor maneira de evitá-la é mantendo os músculos da coxa alongados e fortalecidos, principalmente a parte interna.
Também é importante usar sapatos adequados e que tenham um bom apoio para os pés.

Exercícios de reabilitação da síndrome patelofemoral:
Os exercícios listados aqui são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1- Alongamento em Pé da Musculatura de Isquitibiais:
Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.
Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.
Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos.
Manter os ombros e as costas eretos.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.


2 - Mobilidade Patelar:
Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados.
Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé.
Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial.
Então, puxar a patela para cima em direção à cintura. Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial.
Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos.
Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.

3 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.

4 - Postura do Quadríceps:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.

5 - Elevação Com a Perna Estendida:
Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa.
Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente.
Repetir 10 vezes e fazer 03 séries. 

6 - Elevação Com a Perna Estendida em Prono:
Deitar com as costas para cima e com a perna lesionada estendida afastá-la do chão.
Manter 5 segundos, voltar à posição inicial.
Fazer 3 séries de 10 repetições.


7 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação):
Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos.
Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta.
Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.
Alternar as pernas. Fazer 3 séries de 10.

 
8 – Fortalecimento de Isquiotibiais:
Em pé, com as mãos apoiadas em uma cadeira, flexionar o joelho, levando o pé em direção às nádegas.
Manter 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 25 repetições.

 
9 – Adução de Quadril:
Em pé, de lado para uma cama, com o lado lesionado mais próximo dela.
Prender uma faixa elástica no “pé” da cama e a outra extremidade, da faixa, em seu tornozelo, da perna lesionada.
Mantendo o joelho da perna lesionada estendido, levá-la através do seu corpo, afastando-a da cama.
Retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. 

SÍNDROME DA BANDA ILIOTIBIAL

O que é a síndrome da banda iliotibial?
A banda iliotibial é uma camada densa e fibrosa de tecidos conectivos, que tem origem na Espinha Ilíaca Antero superior (aquela protuberância óssea na região anterior do tronco) e se dirige para baixo, pela parte externa da coxa atravessando o lado externo do joelho e se ligando à parte lateral de cima do osso da perna (tíbia). A síndrome é caracterizada pela inflamação da extremidade inferior desta banda.

Como ocorre?
Ao flexionar e estender o joelho, a parte inferior da banda passa por cima do côndilo femoral lateral, uma saliência óssea do fêmur que está na logo acima do joelho. Quando existe atrito entre essas duas estruturas, a banda iliotibial fica irritada e inflamada, causando dor.
É mais comum em corredores de longas distâncias e ciclistas, mas qualquer atleta que tenha os fatores facilitadores do encurtamento desta banda pode desenvolver a síndrome.
Os fatores predisponentes do encurtamento da banda são:
• Músculos tensos no quadril, pélvis ou perna,
• Diferença de comprimentos entre as pernas,
• Desalinhamento dos membros inferiores, como: joelho varo, rotação interna do joelho, pé plano,
• Correr em superfície inclinada ou com calçados que causem muito desgaste na parte externa do calcanhar.

Quais são os sintomas?
Dor na parte lateral do joelho.
Como é diagnosticada?
O médico examinará o joelho à procura de sensibilidade e de tensão na banda iliotibial.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre a tira iliotibial por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 20 a 30 minutos, pode ser feito a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Massagem com gelo: Congele água em um copo descartável e rasgue a parte de baixo dele. Esfregue o gelo sobre o joelho por 5 a 10 minutos.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, de acordo com a prescrição do médico.
• Alongamentos, recomendados pelo médico e fisioterapeuta.
• O médico pode aplicar uma injeção de corticosteróide para ajudar a diminuir a inflamação e a dor.
Enquanto o joelho se recupera, a atividade anteriormente praticada sem problemas, deve ser substituída por ma que não agrave a lesão. Por exemplo, andar de bicicleta ao invés de correr.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• O joelho e a perna recuperarem a força normal, em comparação ao joelho e perna não lesionados.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem mancar.
• Não apresentar edema no joelho.
• Fizer viradas bruscas ou abruptas a 45º.
• Fizer viradas bruscas ou abruptas a 90º.
• Puder correr fazendo o “8” de 18 metros.
• Correr fazendo o “8” de 9 metros.
• Pular com ambas as pernas e depois pular só com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como evitar a síndrome da banda iliotibial?
A melhor maneira de evitá-la é fazendo aquecimento e alongamento adequados antes do exercício.

Exercícios de reabilitação da síndrome da banda iliotibial:
A reabilitação deverá acontecer de maneira progressiva e durará em média 6 meses.
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento da Tira Iliotibial (em pé):
Em pé, cruzar a perna boa na frente da lesionada e curvar-se para baixo, tocando a mão nos dedos dos pés.
Manter essa posição por 30-60 segundos.
Levantar e repetir 3 vezes.
2 - Alongamento da tira iliotibial (de lado):
Com o lado lesionado perto da parede e apoiar a mão do lado lesionado na parede.
Cruzar a perna boa sobre a perna lesionada, mantendo o pé da perna boa estável.
Inclinar o corpo contra a parede.
Manter o alongamento por 10 segundos e repetir.

 
3 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes. 
4 - Alongamento na Parede da Musculatura Isquiotibial:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes. 
5 - Alongamento do Quadríceps:
Em pé, de cabeça erguida, manter o lado são do corpo junto a uma parede e apoiar a mão contra ela.
Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega, sem arquear a coluna.
Manter a posição por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.
6 - Postura do Quadríceps Vastus Medialis:
Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente.
Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão.
Concentrar a contração na parte interna da coxa.
Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes.
Fazer 3 séries.
7 - Elevação Com a Perna Estendida:

Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. 

8 - Adução do Quadril Deitado de Lado:

Deitar sobre o lado lesionado, com a perna de cima dobrada e o pé posicionado sobre o solo à frente da perna lesionada, que permanece estendida.
Elevar a perna lesionada, o mais que puder, mantendo os quadris firmes.
Manter 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

9 - Agachamento na Parede Com Bola:

Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente.
Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros.
Colocar uma bola média entre os joelhos.
Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.
Manter essa posição por 10 segundos e, lentamente, voltar para a posição inicial.
Repetir 20 vezes.

10 - Adução do Quadril Com a Faixa Terapêutica:

Em pé, de lado para uma cama, com o lado lesionado mais próximo dela.
Prender uma faixa elástica no “pé” da cama e a outra extremidade, da faixa, no tornozelo da perna lesionada.
Mantendo o joelho da perna lesionada estendido, levá-la através do corpo, afastando-a da cama.
Retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

RUPTURA DO MENISCO

O que é a ruptura do menisco?
Os meniscos são estruturas de tecido fibrocartilaginoso, que se localizam entre o osso da coxa (fêmur) e o osso da perna (tíbia), ou seja, no centro do joelho. Cada perna conta com dois meniscos, o medial está na parte interna da perna e o lateral encontra-se na parte externa. O menisco medial é 20 vezes mais lesionado do que o menisco lateral. Eles agem como amortecedores de impacto e distribuidores das pressões que atingem a região.
Como o próprio nome diz, ruptura do menisco é uma lesão que ocorre nessa estrutura.

Como ocorre?
Pode ocorrer durante uma torção com o joelho flexionado ou por conseqüências de processos degenerativos.

Quais são os sintomas?
Dor na articulação com edema imediato e fluído no joelho, chamado efusão. Alguns pacientes relatam o fato do joelho ficar travado em uma posição e de ouvir um estalo no momento da lesão.
O paciente pode ficar impossibilitado de dobrar ou estender a perna completamente.

Como é diagnosticada?
O médico examina o joelho e procura susceptibilidade à dor ao longo da linha da articulação. Ele movimentará o joelho em várias direções e isso talvez cause dor sobre a superfície do menisco lesionado.
Raios X podem ser solicitados para constatar possível lesão nos ossos do joelho, porém a ruptura do menisco não irá aparecer. Entretanto, a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), por vezes, é útil no seu diagnóstico.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausas de 3 minutos, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de um travesseiro embaixo da perna para elevar o joelho.
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho para diminuir o edema.
• Uso de muletas.
• Uso de antiinflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico.
• Fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Recuperar a força normal da perna lesionada, em comparação à outra.
• Não apresentar mais edema no joelho.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8", inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fizer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e depois somente com o lado lesionado, sem sentir dor.

Como evitá-la?
Infelizmente, a maioria das lesões do menisco ocorre em acidentes imprevisíveis. Entretanto, podem ser evitadas se o paciente mantiver a musculatura da coxa forte e alongada.
Para esquiar, deve-se pedir ajuda a um profissional treinado para certificar-se de que as amarras do esqui estejam corretamente ajustadas e não se soltem, em caso de queda.

Exercícios de reabilitação da ruptura do menisco:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.
 
2 - Alongamento na Parede da Musculatura Isquiotibial:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.

 
3 - Elevação Com a Perna Estendida:
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

4 - Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas, sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente.
Lentamente, deslizar o calcanhar da coxa lesionada em direção às nádegas, levando o joelho no sentido do tórax.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.

 
5 - Deslizamento na Parede Com Bola:
Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente.
Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros.
Colocar uma bola média entre os joelhos.
Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.
Manter essa posição por 10 segundos e, lentamente, voltar para a posição inicial.
Repetir 20 vezes.

6 - Step Lateral:
De pé e de lado, com a perna lesionada em cima de um degrau e a perna sã no chão, colocar o peso na perna lesionada, estender o joelho enquanto tira a perna sã do chão.
Lentamente voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes o exercício.