quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ARTOPLASTIA OU PRÓTESE TOTAL DO QUADRIL

O que é?
É uma cirurgia que substitui a cartilagem e os ossos afetados por uma articulação artificial (prótese), composta por uma superfície plástica acoplada ao osso do quadril e por uma estrutura de metal inserida na parte superior do osso da coxa (Fêmur).
Por que realizar a cirurgia?
O principal objetivo dessa cirurgia é diminuir a dor da articulação e a incapacidade de realizar movimentos que, normalmente, decorrem da Artrite, mas também podem ser causados por quedas que levem a fraturas de quadril.
Quando a dor é muito severa, o indivíduo evita usar a articulação, levando à diminuição da força dos músculos que a movimentam, causando assim, maior dificuldade para a movimentação e mais dor.
Essa cirurgia é indicada, apenas, depois de todos os outros tratamentos conhecidos terem sido realizados, sem obtenção do alívio da dor.

Como será o período pós-cirúrgico?
O paciente ficará no hospital por alguns dias. Neste período, é comum sentir dores e incômodo, porém, o paciente receberá medicamentos, para deixá-lo o mais confortável possível.
Uma tala de posicionamento pode ser usada entre as pernas do paciente, para impedi-lo que as cruze, mantendo a prótese bem posicionada.
Grande parte dos pacientes, com ajuda do andador, já consegue levantar e dar alguns passos no dia seguinte da cirurgia. O médico determinará o peso ideal que a perna operada poderá apoiar, de acordo com o tipo de cirurgia.
Alguns movimentos devem ser evitados por algumas semanas, após a cirurgia, como: dobrar o quadril a mais de 90º, cruzar as pernas e rodar o pé, acentuadamente, para dentro ou para fora.
Ainda na cama do hospital, o paciente deverá fazer alguns exercícios para diminuir o edema e a dor causados pela cirurgia e também, para facilitar a circulação sanguínea, prevenindo a trombose venosa.

1 - Movimentação do Pé:

Puxar a ponta do pé no sentido do joelho e depois no sentido contrário.
Repetir 20 vezes.



2 - Contração de Quadríceps:

Pressionar a cama com a parte de trás do joelho, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.



 
 3 - Contração de Glúteos:

Contrair os glúteos, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.


4 - Elevação da Perna Estendida:

Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.
Repetir 10 vezes.




Outros exercícios podem ser feitos para recuperar a força, acelerando a recuperação do paciente.
Para realizá-los, o paciente deverá ficar em pé e apoiar as mãos em estrutura firme.

1 - Flexão de Quadril:

Aproximar o joelho da perna operada do tórax, mas sem permitir um ângulo menor que 90º, entre sua perna e o seu tórax.
Descer a perna e repetir o exercício 10 vezes.



 
 2 - Elevação Lateral da Perna:
Erguer lateralmente a perna operada, afastando-a da outra perna. Certificar-se de que quadril, joelho e pé fiquem virados para frente, o tempo todo.
Voltar a perna para a posição inicial e repetir o exercício 10 vezes.


3 - Elevação Posterior da Perna:

Levar a perna operada para trás e apoiar uma mão na parte inferior das costas, para não forçar a coluna.
Voltar para a posição inicial e refazer o exercício 10 vezes.














Para sentar, o paciente deve se aproximar de uma cadeira firme, alta e com apoio para os braços, manter a perna operada estendida e sentar-se devagar sem inclinar o tronco para frente. Para levantar, o processo é o inverso; apoiar os braços no apoio da cadeira, manter a perna operada estendida e levantar-se também sem inclinar o tronco.

Para andar com o andador, o paciente deve ficar em pé na frente dele, movê-lo um pouco para frente, levantar a perna operada, para que o seu calcanhar encoste no chão antes do restante do pé. Dar um passo com a perna não operada e começar o processo novamente.
Após algumas semanas, o andador é substituído por uma muleta ou por uma bengala, até a recuperação da força muscular e do equilíbrio.
A muleta ou a bengala, habitualmente, fica no braço contrário ao quadril operado.
Os passos devem ser curtos e o paciente, ao se virar, deve tomar cuidado para não torcer o quadril.

Orientações para o dia a dia, em casa:
• Banho: O banho deve ser sentado e a perna deve ser mantida estendida. Por não poder encostar as mãos nos pés, deve-se usar uma escova longa para auxiliar o banho.
• Trocar de Roupa: Para evitar a flexão excessiva do tronco, o paciente precisará de ajuda para colocar a meia e o sapato.
• Sentar no carro: O assento do carro deve estar posicionado totalmente para trás. Sentar-se devagar, sem inclinar o tronco. Escorregar para trás, numa posição semi inclinada, levando o corpo e as pernas para dentro do carro.
• Subir e descer escadas: Para subir comece com a perna boa e para descer inicie com a perna operada.
No primeiro mês em casa, o paciente deve seguir as orientações que recebeu no hospital, manter os exercícios e as técnicas para sentar, levantar, deitar, subir e descer escadas, etc. As atividades do paciente devem ser aumentadas gradualmente, para obter o máximo de independência possível.
Do segundo ao sexto mês em casa, para continuar ganhando força e resistência, deve-se aumentar a freqüência dos exercícios e andar distâncias maiores; a marcha deve ter descarga de peso igual nos dois membros, o tempo dos passos deve ser similar nas duas pernas e o calcanhar deve tocar o chão antes de apoiar todo o pé em ambas as pernas.
Nesta fase, o paciente deve voltar a dirigir e retornar a algumas atividades físicas, como natação. O incômodo causado pela cirurgia deve diminuir, trazendo melhores resultados nas atividades realizadas no seu dia a dia.






segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

TRAUMATISMO NA COSTELA

O que é um traumatismo na costela?
Com o propósito de proteger o coração, os pulmões e o conteúdo da região superior do abdômen, as costelas - 12 de cada lado do peito - estão ligadas à coluna vertebral na sua parte traseira. Na parte da frente, na altura do peito, 10 delas estão ligadas ao osso esterno, por pedaços de cartilagem.
Ao receber golpes ou pancadas diretas, pode haver contusão, fratura de costela ou traumas na cartilagem costal. No caso de se separarem da cartilagem, configura-se a separação condrocostal.

Como ocorre?
As lesões das costelas normalmente ocorrem como resultado de uma pancada direta sobre a parede torácica.
As fraturas geralmente ocorrem na parte curva externa da caixa torácica.
A separação condrocostal pode ocorrer em momentos de esforço expiratório brusco, como quando se aterrissa com força sobre os pés ou mesmo em atos corriqueiros como tossir ou espirrar violentamente.
Quais os sintomas?
Um traumatismo nas costelas pode causar dor e sensibilidade no local da lesão, inclusive ao se movimentar, respirar, rir ou tossir.

Como é diagnosticado?
O médico examina a caixa torácica, analisa os sintomas e ausculta os pulmões.
Ele pode pedir raios X do peito para visualizar algum dano das costelas, pulmões ou sangramento ao redor deles.

Como é tratado?
O tratamento pode incluir:
• Repouso
• Antiinflamatórios ou analgésicos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
Se uma costela foi quebrada, o tempo de recupera ção pode variar entre 4 a 6 semanas.
O médico talvez tire raios X para verificar se o osso está curado antes de permitir que o paciente retorne a atividade ou ao esporte, especialmente se for um esporte de contato.
Para quem tem uma contusão ou uma separação da cartilagem das costelas, retornar à atividade será possível quando puder realizá-la sem sentir dor.
Esportes que não sejam de contato podem ser feitos desde que não exista dor ao fazê-los ou quando se respira.

Como evitar o traumatismo na costela?
Frequentemente as costelas se lesionam em acidentes que não podem ser evitados. Entretanto, em esportes de contato, é importante o uso de equipamento adequado para proteção.

HÉRNIA DE DISCO

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, intercaladas por discos intervertebrais.
Esses discos são formados por um núcleo pulposo e por um anel fibroso. O núcleo pulposo é semigelatinoso e uma de suas funções é propiciar espaço entre as vértebras, para a passagem dos nervos entre elas. O anel fibroso é formado por fibras de colágeno, envolve o núcleo pulposo e uma de suas funções é manter o núcleo em seu lugar.

O que é a hérnia de disco?
Hérnia significa a saída de uma víscera ou de parte dela para fora de seus limites fisiológicos.
A hérnia de disco acontece quando o núcleo pulposo rompe o anel fibroso e extravasa para dentro do canal vertebral, podendo comprimir as raízes nervosas ou a medula na região. Afeta cerca de 2% da população mundial e 10% dos casos são de resolução cirúrgica.

Principais causas?
As hérnias de disco podem ser causadas por alguns fatores como:
• má postura,
• atividade física sem acompanhamento,
• obesidade,
• genética,
• excesso de levantamento de carga.

Quais os sintomas?
Os sintomas são abruptos, aparecendo subitamente uma dor na coluna irradiada, que pode vir acompanhada de formigamentos e alteração da sensibilidade, do reflexo e da força.
Nas hérnias cervicais, a dor pode atingir o pescoço e os braços e, no caso de hérnias lombares, pode haver irradiação da dor para as pernas. Geralmente, acomete apenas um dos lados do corpo.
Os sintomas caracterizam a hérnia, pois grande parte da população mundial apresenta alterações nos exames radiológicos, sem possuir nenhum sintoma.

Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através do exame físico, do Raio X, da ressonância magnética e, às vezes, da tomografia computadorizada.

Qual o tratamento?
Com o início imediato do tratamento após o diagnóstico, costuma-se eliminar os sintomas em 8-12 semanas, sem relação com a melhora radiológica.

Começa-se com um tratamento baseado em:
• Repouso moderado de no máximo 10 dias;
• Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios e mio-relaxantes;
• Compressas frias ou quentes;
• Injeção de esteróides, no espaço perto do disco comprometido, para controlar a dor e a inflamação;
• Fisioterapia: No início do tratamento, quando o paciente ainda está em crise, a fisioterapia é totalmente passiva e tem como objetivo diminuir a dor e relaxar a musculatura. Para atingir esses dois objetivos, o fisioterapeuta pode aplicar aparelhos elétricos, pompagens, mobilizações e massagens.
Quando os sintomas diminuírem, pode-se iniciar os fortalecimentos e alongamentos. No caso de hérnias, o RPG traz excelentes resultados, pois alivia os sintomas, favorecendo o retorno às atividades diárias e, muitas vezes, evitando a cirurgia.
A cirurgia é indicada quando o tratamento conservador não garante o efeito desejado ou na presença da síndrome da cauda eqüina e na progressão de uma lesão neurológica.

Quanto tempo durão os efeitos da hérnia de disco ?
• Manter a postura correta quando estiver andando, sentado, em pé, deitado ou trabalhando,
• Para levantar objetos pesados, não dobrar o quadril. A maneira correta é ajoelhar-se ou agachar-se perto do objeto, mantendo as costas retas. Usar os músculos das coxas para fazer o levantamento. Evitar girar sobre o tronco,
• Quando estiver em pé, manter sempre uma postura ereta com os ombros para trás, barriga para dentro, e a parte mais estreita das costas reta. Quando ficar em pé por longos períodos, movimentar-se bastante, trocar o peso de pé a todo o tempo e manter-se o mais ereto possível,
• Quando estiver sentado, ficar com os pés bem plantados no solo ou elevados. Levantar- se a cada 20 minutos e alongar-se (espreguiçar). Dar preferência às cadeiras que têm um bom encosto para as costas,
• Dormir sobre um colchão firme ou com uma prancha rígida sob o colchão. Deite-se de lado (nunca de bruços) com seus joelhos dobrados ou de costas, com um pequeno travesseiro sob a cabeça e outro travesseiro sob os joelhos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o paciente possa retornar ao esporte ou à atividade, o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de agravar a lesão, causando danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência da inflamação e da dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias para isto acontecer.
Geralmente, quanto mais tempo houver sintomas da lesão e não houver interferência de um médico, maior será o tempo para recuperá-la.

Antes de retornar a qualquer atividade árdua, o paciente deve:
• Desempenhar todos os exercícios de reabilitação, sem sentir dor,
• Possuir total alcance de movimento das costas e pescoço, sem dor aguda nas pernas ou braços,
• Ser capaz de correr, saltar e girar sobre o tronco, sem sentir qualquer dor.

O que pode ser feito para evitar a hérnia de disco ?
Para evitar a hérnia de disco, deve-se manter o peso baixo, fazer uma dieta regulada e realizar exercícios para manter os músculos firmes.
Músculos fortes e flexíveis podem estabilizar sua coluna e protegê-la de lesões. Isso inclui manter os músculos do abdômen fortes.
Andar e nadar são bons exercícios para fortalecer e proteger sua coluna.

Exercícios de reabilitação da hérnia de disco:

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento em Pé de Isquitibiais
Começar colocando o calcanhar de uma das pernas sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura, inclinar para frente, sem curvar a coluna, até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa, segurar com as duas mãos na perna ou no pé.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


2 - Gato e Camelo (Arrepio de Gato):
Ficar na posição "de quatro", deixar a barriga arquear, permitindo que as costas curvem-se para baixo, manter essa posição por 5 segundos e então arquear as costas.
Repetir 10 vezes e fazer 2 séries.


3 - Enriste Pélvico:
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.
Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
 4 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
                                                            Progressivamente, fazer 3 séries.


5 - Extensão do Quadril de Bruços:
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.

6 - Exercícios de Bruços:
Deitar de bruços, com a cabeça encostada no solo por 5 minutos. Se doer, usar um travesseiro sob a barriga. Isso aliviará a dor na perna.
Quando puder deitar de bruços com a cabeça encostada no solo, sem usar o travesseiro, pode-se passar para a próxima fase.
Deitar de bruços e apoiar os cotovelos no solo, sustentando o corpo por 10 segundos.
Não deve-se sentir dor nas pernas ao fazer esse exercício, mas é normal sentir dor na região lombar.
Repetir 10 vezes e fazer várias vezes por dia.

7 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
                                                                          Progressivamente, fazer 3 séries.