segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ESPONDILOLISE E ESPONDILOLISTESE

O que são espondilolise e espondilolistese?
A parte baixa da coluna é chamada de espinha lombar. Ela é formada por cinco ossos, chamados vértebras lombares. A vértebra possui duas grandes partes, uma parte sólida, chamada de corpo vertebral e um anel ósseo, pelo qual passam a parte inferior da medula e os nervos.
Entre os corpos das vértebras existe um material para absorção de impacto, chamado disco intervertebral.
Parte do anel de cada vértebra toca a vértebra acima e a vértebra abaixo dela, cada uma dessas articulações é conhecida com PARS.

A espondilólise é a fratura de um ou dois lados do anel da vértebra.
A espondilolistese é o deslocamento anterior da vértebra, que é permitido pela fratura dos dois lados do anel vertebral, em crianças é mais comum ocorrer entre a 5º vértebra lombar e o sacro.
A espondilólise e a espondilolistese ocorrem com maior freqüência, entre os jovens e adultos, nas 4º e 5º vértebras lombares e, principalmente, em pacientes que participam de atividades que aumentam o estresse nesta região, principalmente ginastas, dançarinos e jogadores de futebol americano.


 Como ocorre ?
São resultantes de movimentos repetitivos de extensão da coluna (dobrar as costas para trás). Isso causa o enfraquecimento dos anéis das vértebras lombares, eventualmente levando a uma fratura deles. Menos freqüentemente, essa condição pode ser causada por um trauma nas costas.
Alguns médicos acreditam que algumas pessoas nascem com anéis vertebrais fracos.

Quais são os sintomas ?
A espondilólise e a espondilolistese podem ser assintomáticas ou apresentarem sintomas muito leves, mas pacientes adolescentes e adultos podem desenvolver dor intensa nas costas, com irradiação posterior para o joelho ou abaixo dele e que piora ao ficar de pé.
Essa dor pode, ainda, ser constante ou intervalada. Os pacientes freqüentemente relatam espasmos na musculatura Isquiotibial (posterior da coxa), perceptíveis pela incapacidade de flexionar o tronco para frente e para baixo. As lesões nervosas raramente acontecem.

Como são diagnosticadas ?
O médico examinará a coluna e procurará sensibilidade nas vértebras ou espasmos nos músculos próximos à vértebra; pedirá um raio-x, que mostrará a fratura no anel da vértebra ou o deslocamento da vértebra.

Como são tratadas ?
Durante o período de dor aguda o médico poderá prescrever medicamentos antiinflamatórios ou analgésicos e orientará o paciente a colocar compressas de gelo sobre as costas por 8 minutos seguidos de 3 minutos de pausa, repetido esse ciclo até completar 30 minutos. Esse ciclo pode ser feito a cada 3 a 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça.
O paciente poderá praticar o esporte ou a atividade, que sempre exerceu, desde que não sinta dor, com exceção dos esportes ou das atividades que envolvam a hiperextensão da coluna, nesse caso o paciente deverá escolher outro esporte ou atividade.
Se o médico achar que a fratura é recente e que o osso pode se recuperar, ele poderá recomendar o uso de um aparelho, de 1 a 3 meses. Casos sérios de espondilolistese podem requerer cirurgia.
A espondilólise e a espondilolistese são problemas crônicos. É importante manter a coluna na melhor condição física possível e manter um bom peso corporal.

Como evitar a espondilolise e a espondilolistese?
A melhor maneira de evitar esses problemas é manter os músculos da coluna e abdômen fortes e evitar ficar acima do peso ideal. Em casos de espondilólise é possível evitar que ela progrida para uma espondilolistese fazendo exercícios para a coluna e evitando atividades que forcem a extensão das costas para trás, como parar ou derrubar o jogador adversário durante uma partida de futebol americano.
É importante possuir músculos abdominais fortes quando as estruturas da coluna estão enfraquecidas. Esses exercícios ajudarão a construir músculos abdominais fortes.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
É muito importante eliminar totalmente a dor lombar e passar pelo médico antes de retornar a qualquer atividade árdua.
Para retornar ao esporte ou à atividade é preciso possuir total alcance de movimento, igual o que tinha antes da lesão e conseguir correr, saltar e girar sobre o tronco, sem sentir qualquer dor.

Exercícios de reabilitação para espodilolise e espondilolistese:

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Enriste Pélvico:
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.
Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício se tornar fácil o paciente deve evoluir para o exercício chamado bicho morto.
 2 - Bicho Morto:
Contrair os músculos abdominais e pressionar a lombar contra o solo.
Levantar uma perna, a alguns centímetros do solo.
Manter por 5 segundos e então relaxar. Fazer com a outra perna.
Alternar as pernas e fazer 5 repetições com cada uma e depois relaxar os músculos abdominais.
Fazer 3 séries.

3 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
Progressivamente, fazer 3 séries.

4 - De Quatro e Sentar no Calcanhar:

Ficar em posição de quatro apoios.
A coluna deve ficar reta.
Colocar o peso na parte de trás do corpo e sentar sobre os calcanhares.
Manter a posição por 6 segundos e retornar à posição inicial.
Fazer 10 vezes.

5 - Rotação do Quadril de Bruços:

Deitado no solo sobre o abdômen, dobrar os joelhos para que as coxas apóiem no chão e a canela fique perpendicular ao solo.
Manter os joelhos e os ombros separadas pela mesma distância.
Cruzar as pernas uma sobre a outra o máximo que puder.
Manter os joelhos no solo, descruzar as canelas e separá-las o máximo que puder também.
Manter por 2 segundos e repetir de 10 a 20 vezes.
Quando esse exercício estiver fácil, adicione pesos aos calcanhares.






 







AVALIAÇÃO DA ESCOLIOSE (SEGUNDO CRITÉRIOS DA SBOT - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Esse texto tem por objetivo a orientação para a identificação da Escoliose Idiopática em Adolescentes (EIA). O exame para o rastreamento de deformidades da coluna vertebral é recomendado para todas as crianças e adolescentes, principalmente do sexo feminino, devido à maior incidência.

Escoliose Vertebral:
Aparece por volta dos 10 anos de idade em uma coluna previamente normal. Devido a uma rotação no próprio eixo, a deformidade se apresenta tanto no plano frontal quanto no lateral.
O corpo vertebral gira para o lado convexo e o processo espinhoso para o lado côncavo. As costelas acompanham a rotação vertebral, girando para trás e para cima no lado convexo, e
para frente no lado côncavo. Devem ser consideradas como escolioses “verdadeiras” curvas maiores que 10º Cobb.


Tipos de Curvas:

A curva torácica para a direita é o tipo mais freqüentemente encontrado.
Curvas que fogem deste padrão devem ser melhor estudadas para o diagnóstico diferencial com outras etiologias.

A Prevalência:
Atinge 2-3% da população.
Felizmente as curvas maiores de 40º Cobb representam apenas 0.1% da população.
Meninas são 10 vezes mais acometidas do que os meninos.

Diagnóstico:
A deformidade é mais facilmente notada quando o tronco é visto por trás. Em uma curva torácica para direita, o ombro direito é elevado e o braço esquerdo freqüentemente parece ser mais longo e mais afastado do corpo. A escápula direita move-se para cima e lateralmente. Devido à rotação do tronco, a mama esquerda pode parecer maior do que a direita.
Dobrinhas do flanco e abdome podem estar assimétricas, principalmente em crianças com excesso de peso. A crista do ilíaco esquerdo aparenta ser mais saliente que a direita.

Acompanhamento:
Os princípios do tratamento têm por objetivo alterar a história natural da EIA (escoliose idiopática em adolescentes).
Sabe-se que as curvas com maior risco de progressão são as que aparecem antes da maturidade esquelética e que apenas as curvas maiores de 40º Cobb podem progredir independentemente da faixa etária.
As duas variáveis principais no tratamento da EIA são a maturidade óssea e o valor angular da curva (Cobb).
A orientação abaixo pode ser utilizada como regra para o tratamento da maioria dos pacientes portadores da EIA.
• Para curvaturas < 20º: Observação periódica durante o período do crescimento e estímulo à pratica de atividades recreativas.
• Para curvaturas 20 º-40º: A órtese (colete) é indicada nas crianças com potencial de crescimento ósseo.

Notas Importantes:
1. Ainda não há evidências científicas de que programas de exercícios, manipulação vertebral ou RPG melhorem ou impeçam a história natural da escoliose.
2. Nenhuma restrição deve ser feita para realização de qualquer tipo de atividade física ou esportiva.
3. Na presença de história familiar positiva para escoliose vertebral é recomendado o exame das crianças da mesma família, pois a EIA pode apresentar herança genética com maior risco de ocorrência na mesma família.
4. Curvas de menor valor (<20º) são comuns, mas apenas três adolescentes do sexo feminino em cada 1.000 possuem deformidade vertebral que necessite de tratamento com colete ou cirurgia.

OBS: Para visualizar melhor a tabela, clique sobre ela.

Como Detectar a Escoliose?

A – Sinais e Sintomas:
 Nos estágios iniciais, os sinais e sintomas da escoliose são pouco exuberantes e requerem um examinador atencioso. A dor normalmente não é relatada em uma criança com escoliose e quando isso ocorrer, devemos realizar uma investigação mais profunda para a procura de alguma outra etiologia para deformidade.

B – Testes:
Teste de Inclinação Anterior (Teste de Adams)
Este teste tem por objetivo a busca por um sinal físico de rotação vertebral fixa (estruturada) da coluna vertebral (gibosidade).
A criança curva-se anteriormente com os braços para frente, palmas viradas uma para a outra e com os pés juntos. Uma visão tangencial do dorso facilita a visualização da gibosidade costal ou da saliência da silhueta dos músculos lombares.
Uma diferença na altura entre o gradil costal direito e esquerdo é sugestivo de escoliose e merece melhore investigação.
Um teste de curvatura para frente positivo em uma menina com uma curvatura torácica vertebral. Curvaturas torácicas são mais bem detectadas com o examinador posicionado diretamente atrás da criança. Já na curva lombar, a forma mais fácil de visualização é pela frente.


Medida da Curvatura (Ângulo de Cobb):
O Raio-x panorâmico de coluna nas incidências de frente e lateral deve ser solicitado quando encontrarmos alterações no exame físico, sugestivas da presença de escoliose.
O ângulo de Cobb é medido ao traçar-se duas linhas paralelas às placas terminais dos corpos vertebrais no início e fim da curva. Em seguida, traça-se mais duas linhas perpendiculares a estas e o ângulo formado pelo cruzamento destas duas linhas é conhecido como ângulo de Cobb.



Potencial de Crescimento Ósseo (Sinal de Risser):

O sinal de Risser é freqüentemente utilizado como critério para avaliação do potencial de crescimento ósseo por sua fácil aplicação e comprovação da boa correlação com a maturidade óssea. Nele é avaliado o aparecimento da apófise de crescimento da crista ilíaca posterior, que sempre aparece de lateral para medial.
Nos estágios 1, 2 e 3 considera-se o paciente com maturidade esquelética, e nos estágios 4 e 5, com baixo potencial de crescimento.

Risser 0: sem apófise
Risser 1: 25%
Risser 2: 50%
Risser 3: 75%
Risser 4: 100%
Risser 5: Fusão da apófise à asa do ilíaco

Obs: Menarca e caracteres sexuais secundários também devem ser considerados na avaliação do potencial de crescimento.

C – Sinais de Alerta em Escoliose:
Todas as vezes em que a deformidade vertebral apresentar-se com características diferentes dos padrões mais comuns (sexo feminino, idade entre 10 e 14 anos, sem queixas de dor, com curva de lenta evolução e torácica esquerda), é necessária uma melhor investigação diagnóstica, pois outra etiologia pode ser a causa da deformidade.

Os principais sinais de alerta são:
• Meninos com curvas de valor elevado
• Curvas atípicas e de valor elevado
• Manifestações sistêmicas
• Dor e sinais de comprometimento neurológico
• Rápida progressão
• Lesões cutâneas ao longo da coluna

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DOR LOMBAR (LOMBALGIA)

O que é a dor lombar?
É dor e enrijecimento da parte inferior das costas, que pode irradiar ou não para as pernas. É uma das principais razões de falta ao trabalho, em todo o mundo. E acontece, principalmente, em adultos de meia-idade e idosos.
Como ocorre?
É normalmente causada pela distensão de um ligamento ou músculo que segura uma vértebra. As vértebras são ossos que constituem a coluna vertebral, onde a medula passa. Quando esses músculos ou ligamentos se tornam fracos, a coluna perde sua estabilidade, resultando em dor. Como os nervos alcançam todas as partes do corpo, através da medula, problemas nas costas podem levar a dor ou fraqueza em quase todas as partes do corpo.

A dor lombar pode ocorrer em pessoas que o trabalho envolva:
• Quedas;
• Exercícios severos e repentinos;
• Tosses ou espirros violentos;
• Tensão e estresse;
• Excesso de peso;
• Inflamação das estruturas das costas, resultante de uma infecção ou um problema no sistema imunológico;
• Desordem artrítica;
• Casos congênitos de degeneração, entre outros.

Dor nas costas associada à falta de controle dos intestinos e bexiga, dificuldade em movimentar as pernas, dormência ou formigamento nos braços e pernas podem indicar lesão dos nervos da espinha, e requer tratamento médico imediato.

Quais são os sintomas?

Os sintomas incluem:
• Dor na parte de trás das pernas;
• Rigidez e limitação de mobilidade.

A dor pode ser contínua ou ocorrer apenas em uma certa posição e pode ser local ou migrar para as nádegas e parte de trás das coxas. Pode agravar-se através de tosse, espirro, giro sobre o tronco ou distensão durante movimentos intestinais.
A distensão lombar normalmente não produz dor abaixo do joelho, na panturrilha ou no pé, porém formigamento ou dormência nessas regiões podem indicar uma hérnia de disco ou um nervo comprimido, nesses casos o médico deve ser consultado.
Novos problemas com intestinos e bexiga relacionados à dor nas costas podem indicar uma lesão séria na medula e o médico deve ser visitado.

Como é diagnosticada?
O médico revisará o histórico e examinará o paciente. Ele poderá pedir raios-x e em certos casos, mielograma, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética.

Como é tratada?

A dor lombar deve ser tratada da seguinte maneira:
• Aplicação de calor através de uma bolsa de água quente;
• Repousar em uma cama com um colchão firme, deitar sobre as costas com os joelhos fletidos. Entretanto, algumas pessoas preferem deitar de lado com os joelhos dobrados;
• Tomar medicamentos antiinflamatórios, relaxantes musculares ou analgésicos, se recomendado pelo médico;
• Massagem nas costas, por um profissional especializado;
• Fazer tração, se recomendado pelo médico;
• Usar uma cinta ou colete para dar apoio às costas;
• Conversar com um terapeuta, se a dor nas costas for resultado de tensão causada por estresse emocional;
• Iniciar um programa de fisioterapia e um programa de exercícios que sejam realizados rotineiramente, para gentilmente alongar e fortalecer os músculos. Quando a dor diminuir, pedir ao médico para iniciar um programa de exercícios diários, iniciados com alongamento e aquecimento, seguidos de 30 minutos de exercício aeróbicos 3 vezes por semana (caminhadas, natação, bicicleta, etc).

Quando espasmos musculares estiverem associados à dor lombar, devem ser tratados com compressas de gelo por 20 a 30 minutos, a cada 4 a 6 horas, pelos primeiros 2 a 3 dias; para o gelo ter um bom contato com a área lesionada, o paciente pode deitar sobre compressas de gelo em gel, gelo moído ou um saco de ervilhas congeladas.

Quanto tempo durarão os efeitos?
Os efeitos da dor nas costas estarão presentes enquanto a causa da dor estiver presente ou até que o corpo recupere as distensões, normalmente um dia ou dois, mas algumas vezes pode demorar semanas.

Orientações:

Além do tratamento descrito acima, atente para estas sugestões:
• Usar uma almofada elétrica para aquecimento regulada (ou uma bolsa de água quente enrolada em uma toalha para evitar queimaduras) por 20 a 30 minutos, no local da dor.
Cuidado para que a almofada não aqueça muito e para não adormecer usando-a.
• Colocar uma compressa de gelo enrolada em uma tolha sobre as costas por 20 minutos, de 1 a 3 vezes ao dia. Não usar por mais de 20 minutos, pois pode causar úlceras.
• Colocar um travesseiro embaixo dos joelhos quando estiver deitado.
• Dormir sem travesseiro.
• Manter o peso adequado.
• Manter uma boa postura: a cabeça para cima, ombros retos, peito para frente, o peso bem distribuído sobre os dois pés, e a pélvis bem fincada para dentro.

A dor é a melhor maneira para julgar a velocidade de aumentar a atividade e o exercício. Um pequeno desconforto, enrijecimento, inflamação e pequenas dores devem interferir na continuidade da atividade.

Entretanto, limite a atividade, não temporariamente, se:
• Os sintomas retornarem.
• A dor aumentar quando você estiver mais ativo.
• A dor aumenta dentro de 24 horas após um novo ou maior nível de atividade.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação da coluna, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário ter o total alcance de movimento, comparado com antes da lesão ou início dos sintomas e ser capaz de correr, saltar, girar sobre o tronco, sem sentir a mínima dor.

O que fazer para evitar a dor lombar?

É possível reduzir o esforço feito pelas costas fazendo o seguinte:
• Não usar os braços quando mover um móvel pesado. Vire-se e empurrar ao contrário, para que o esforço seja feito pelas pernas.
• Sempre que sentar, usar cadeiras que mantenham as costas retas e a coluna encostada no apoio da dela, durante todo o tempo.
• Dobrar os joelhos e o quadril, mantendo as costas retas quando levantar um objeto pesado.
• Evitar erguer objetos pesados acima da cintura.
• Ao carregar pacotes, mantê-lo junto ao corpo com os braços dobrados.
• Usar um supedâneo (descanso de pé) quando ficar sentado ou em pé em um mesmo lugar por um longo tempo. Isso mantém as costas retas.
• Dobrar os joelhos quando se curvar.
• Sentar próximo aos pedais quando dirigir e usar o cinto de segurança com um travesseiro nas costas.
• Deitar de lado, com os joelhos dobrados e um travesseiro entre eles ou de barriga para cima com um travesseiro embaixo dos joelhos.
• Levantar o pé da cama uns 10cms para evitar dormir de bruços.

Exercícios de Reabilitação Para Dor Lombar (Lombalgia):

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.
Esses exercícios podem ajudar a reduzir a dor lombar, corrigindo o desequilíbrio muscular de força e flexibilidade do tronco e quadril.

 1 – Alongamento em Pé da Musculatura Isquiotibial:

Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura.
Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa.
Colocar as mãos nos pés, ou tornozelo caso não os alcance.
Manter os ombros e as costas eretos.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.




2 - Gato e Camelo (Arrepio de Gato):

Ficar na posição "de quatro", deixar a barriga arquear, permitindo que as costas curvem-se para baixo, manter essa posição por 5 segundos e então arquear as costas.
Repetir 10 vezes e fazer 2 séries.
 3 - Enriste Pélvico:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.
Manter a posição por 5 segundos e relaxar. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

4 - Enrolamento Parcial:
Esse exercício deve ser feito quando o paciente não sentir mais dores nas nádegas e nas pernas.
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter essa posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
Progressivamente, fazer 3 séries.
Desafie-se colocando as mãos atrás da cabeça com os cotovelos para fora.
Quando esse exercício for realizado com facilidade, o paciente deve realizar o enrolamento diagonal.

 5 – Enrolamento Diagonal:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés plantados no solo.
Segurar a cabeça, colocando as mãos atrás do pescoço.
Contrair os músculos do abdômen e levantar a cabeça e ombros, rodando o tronco para a direita.
Não usar os braços para ajudar a levantar o corpo.
Manter a posição por 3 segundos e voltar à posição inicial.
Fazer para o lado esquerdo.
Fazer 3 séries de 10 repetições.


6 - Extensão do Quadril de Bruços:

Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.
7 - Um Joelho Sobre o Peito:

Fazer o enriste pélvico e puxar um joelho para o peito.
Manter por 5 segundos e retornar à posição inicial.
Alternar os lados e repetir de 10 a 20 vezes.


 8 - Dois Joelhos Sobre o Peito:

Novamente, fazer o enriste pélvico e colocar os dois joelhos sobre o peito.
Manter a posição por 5 segundos e repetir de 10 a 20 vezes.
Às vezes é preciso levantar uma perna de cada vez, até os músculos abdominais se fortalecerem.




 9 - Rotação da Parte Inferior do Tronco:

Fazer o enriste pélvico.
Manter os ombros encostados no solo, gentilmente rodar os joelhos para um lado e depois para o outro, o máximo possível (encostando-se ao chão dos dois lados, se possível).
Repetir de 10 a 20 vezes.





10 - Alongamento Piriformes:

Deitar sobre as costas, puxar um joelho para o peito e levá-lo para o lado oposto do tronco, até sentir um confortável alongamento da nádega e das costas.
Manter por 5 a 15 segundos e repetir de 5 a 10 vezes de cada lado.

DISTENSÃO DO MÚSCULO ABDOMINAL

O que é a distensão dos músculos abdominais ?
A distensão é um estiramento ou ruptura de um músculo ou tendão. Os músculos abdominais podem distender-se durante atividades de extremo esforço.
Como ocorre?
Durante uma atividade vigorosa, como erguer algo, ou mesmo através de uma tosse ou espirro forte, esses músculos podem se distender.

Quais são os sintomas?
Dor sobre os músculos abdominais. Uma ruptura funda dos músculos e da fascia pode resultar em uma hérnia na parede do abdômen, quando parte do conteúdo deste extravasa através da ruptura, formando uma saliência.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o abdômen e pedirá para que o paciente faça abdominais, isso reproduzirá os sintomas. Em casos de hérnia, o médico poderá sentir ou ver uma saliência no local.

Como é tratada?
O tratamento poderá incluir:
• Aplicação de gelo no músculo distendido por 20 a 30 minutos, sendo que cada 8 minutos de gelo deve ser seguido de uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Medicação antiinflamatória.
• Em casos de hérnia abdominal a cirurgia é indicada

.Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando o paciente:
• Puder curvar-se sobre o quadril e tocar os dedos dos pés e retornar a posição ereta, sem sentir dor.
• For capaz de fazer abdominais, sem dor.
Em casos de hérnias, deve-se ter cuidado ao realizar abdominais que forcem demasiadamente os músculos e conversar com o médico a respeito da reparação da hérnia.

Como preveni-la?
 A melhor maneira de prevenir essa distensão é mantendo os músculos abdominais bem fortalecidos. É importante não exagerar ao começar o programa de exercícios. Para levantar objetos pesados, deve-se dobrar os joelhos e manter as costas e o abdômen retos.
Exercícios de reabilitação para a distensão dos músculos abdominais:
Os exercícios devem ser supervisionados por um fisioterapeuta, este é apenas um guia dos exercícios que podem ser feitos.
1 - Enriste Pélvico:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão. Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício já estiver sendo realizado com facilidade, contrair os músculos abdominais, pressionar a lombar contra o solo e levantar um dos pés, 5 a 6 cm do solo.
Manter essa posição por 5 segundos e então abaixar o pé. Repetir com a outra perna. Fazer 10 vezes cada lado.

 2 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima.
Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais. Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes. Progressivamente, fazer 3 séries.
Quando esse exercício for realizado com facilidade, o paciente deve realizar o enrolamento diagonal.

3 - Enrolamento Diagonal:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés plantados no solo. Segurar a cabeça, colocando as mãos atrás do pescoço. Contrair os músculos do abdômen e levantar a cabeça e ombros, rodando o tronco para a direita.
Não usar os braços para ajudar a levantar o corpo.
Manter a posição por 3 segundos e voltar à posição inicial.
Fazer para o lado esquerdo. Fazer 3 séries de 10 repetições.

4 - Abdominal Para o Baixo Abdômen:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados, mantendo os pés elevados. Os joelhos devem apontar para o teto e a lombar deve estar apoiada no solo.
Abaixar o pé direito até que ele quase toque o solo e depois levantá-lo novamente, como na posição inicial.
Fazer o mesmo com o pé esquerdo. Repetir 10 vezes.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TENOSSINOVITE (TENDINITE) DE QUERVAIN

No punho, há tendões diversos, responsáveis pela extensão e flexão dos dedos e do próprio punho. Estes são mantidos em seus leitos por bainhas, que formam túneis por onde ocorre a excursão dos tendões durante os movimentos.
A tendinite (ou tenossinovite) de de Quervain é o espassamento da bainha que contém os tendões abdutor longo (AL) e extensor curto (EC) do polegar, os quais são responsáveis pelo movimento de extensão e afastamento deste dedo.
Este espaçamento ocorre no punho, podendo causar dor local, edema e limitação dos movimentos. É mais comum em mulheres de meia idade, sendo associado a movimentos repetitivos.

Diagnóstico:
O exame físico em geral é suficiente para o diagnóstico, havendo testes específicos para elucidar o diagnóstico, mas a ultrassonografia (USG) e a ressonância magnética (RM) podem ser úteis para a confirmação.

Tratamento:
O tratamento inicial envolve o uso de antinflamatórios e imobilização. Fisioterapia local também é uma opção inicial. Caso não haja melhora, existe a opção de infiltração da bainha com corticóide. O tratamento cirúrgico deve ser considerado caso não haja melhroa após infiltração. O tratamento cirúrgico envolve a abertura da bainha para a liberação dos tendões.


SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

O que é ?
Síndrome do túnel do carpo é uma afecção comum e dolorosa do punho e da mão.

Como ocorre?
É causada pela pressão no nervo mediano no punho. Pessoas que fazem movimentos repetitivos do punho e da mão tendem a desenvolver essa síndrome.
Essa pressão no nervo também pode acontecer por fratura ou outro trauma, que cause inflamação e edema. Além disso, a pressão pode ser causada por artrite, diabetes, hipotiroidismo ou durante a gestação.

Quais os sintomas?
• Dor e falta de coordenação na mão e punho, principalmente no polegar e dedos do meio.
• Aumento da dor com o maior uso da mão.
• Aumento da dor à noite.
• Perda da força e tendência a deixar cair objetos que estejam nessa mão.
• Hipersensibilidade ao frio.
• Deterioração muscular (quando a síndrome é severa).

Como é feito o diagnóstico?
O médico revisará os sintomas, examinará a mão e analisará as maneiras em que o paciente usa a mão.

Como é o tratamento?
Se existe alguma doença causando a síndrome, o tratamento dessa doença base irá aliviar os sintomas. Outra parte do tratamento foca no alívio da inflamação e pressão no nervo:
• Restringindo o uso da mão ou mudando a maneira de utilizá-la.
• Usando uma tala para dormir e para fazer atividades manuais.
• Fisioterapia.
O médico poderá também prescrever medicamentos com cortisona ou antinflamatórios não esteroidais. Em alguns casos, quando o paciente não responde ao tratamento conservador, a cirurgia é recomendada.

Quanto tempo os efeitos durarão?
Isso irá depender da causa determinante da síndrome e da resposta ao tratamento.
Algumas vezes os sintomas desaparecem sem nenhum tratamento. Quando a causa da síndrome é a gravidez, os sintomas costumam desaparecer curto período após o nascimento do bebê.

Como melhorar?
Seguindo as recomendações médicas:
• Manter o braço elevado, com auxílio de travesseiros.
• Evitar atividades manuais.
• Adaptar o uso da mão para uma maneira mais saudável.
• Evitar manter a mão flexionada por longos períodos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente recuperar a força da mão e braço, sendo capaz de segurar objetos com a mão acometida, sem sentir dor e quando não tiver limitações de movimento.

Como prevenir?
A melhor maneira de prevenção é evitando o uso excessivo da mão, mas quando não puder ser evitado, deve ser feito da maneira mais confortável possível.

Exercícios de reabilitação da Fratura de Escafóide:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Movimentação Ativa:
(Mantenha cada posição por 5 segundos, repita 10 vezes e faça 3 séries.)
A – Flexão: Gentilmente flexione o punho para frente
B – Extensão: Leve a mão para trás, estendendo o punho.
C – Lateralmente: Leve a mão de um lado para outro.
2 - Alongamentos:
A: Coloque as duas palmas em uma mesa e incline o corpo para frente, sem tirá-las da mesa. Mantenha 30 segundos e repita 3 vezes.
B: Com a sua m ão não lesionada, ajude a flexionar o punho lesionado. Mantenha 30 segundos. Ajude agora a estender o punho, colocando a mão não lesionada na palma da mão lesionada. Mantenha 30 segundos e repita 3 vezes.

 

 3- Exercício Para o Tendão:

Comece com os dedos da mão lesionada estendidos e flexione-os.
Mantenha 5 segundos e relaxa.
Faça 3 séries de 10 repetições.


4 - Flexão de Punho:

Segurando uma lata de molho de tomate, com a palma da mão para cima, flexione o punho.
Lentamente, volte à posição inicial.
Faça 3 séries de 10 repetições.

 
 5 - Extensão de Punho:

Com a palma da mão para baixo, segurando uma lata de molho de tomate, lentamente, traga a mão para cima. Volte à posição inicial.
Faça 3 séries de 10 repetições.




6 - Flexão de Dedos:

Segure uma bola de borracha e aperte-a o máximo possível, mantenha por 5 segundos e relaxe.
Faça 3 séries de 10 repetições.

LUXAÇÃO DO DEDO

O que é a luxação de dedo ?

A luxação é caracterizada pelo deslocamento anormal dos ossos do dedo.
Como ocorre?

Geralmente ocorre acidentalmente, como uma bola batendo no dedo.

Quais os sintomas?
Dor e edema acontecem imediatamente após a lesão. Normalmente é impossível dobrar ou esticar o dedo.

Como é feito o diagnóstico?
O médico examinará o dedo e pedirá um raio-x para confirmar a luxação.

Qual o tratamento?
O médico recolocará o dedo no lugar e para mantê-lo assim, o médico usará uma tala por algumas semanas.
A aplicação de gelo por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa durante 30 minutos ajudará a reduzir o inchaço.
A mão deve ficar elevada o máximo de tempo possível.
O médico poderá prescrever anti-inflamatórios e fisioterapia.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
Alguns médicos recomendam o uso de talas para praticar esportes.

LESÃO DO LEITO UNGUEAL

Em geral são lesões por laceração ou compressão. 50% dos casos são associados a fraturas da falange.
Caso haja comprometimento do leito ungueal, uma deformidade permanente pode ocorrer.
Tratamento:
• Hematomas subunguais: é o sangue que fica "aprisionado" sob a unha, sendo doloroso, com sensação de "latejamento". A drenagem com pequenos furos na unha alivia instantaneamente a dor, causando descompressão local.
• Lacerações do leito ungueal: deve-se proceder a sutura do leito.
• Avulsões da unha: se houver avulsão da matriz, ela deve ser recolocada no local e suturada.

FRATURA DE ESCAFÓIDE (NAVICULAR)

O que é ?
O punho é composto por 8 pequenos ossos, posicionados entre os ossos do antebraço e da mão. Existe um osso próximo ao polegar que tem 2 nomes: Navicular ou Escafóide.
A fratura é caracterizada pelo rompimento da extensão de um osso, ou seja, ele se quebra. Quando esse osso é fraturado, existe uma grande preocupação em relação a sua calcificação, porque a sua irrigação sanguínea pode ter sido comprometida.
Como ocorre?
Essa fratura é causada por uma queda com apoio sobre a mão espalmada ou um golpe direto no punho.

Quais os sintomas?
Dor e edema no punho, normalmente abaixo do polegar e tensão na região da fratura.

Como é feito o diagnóstico?
O médico examinará o punho e revisará os sintomas. Geralmente, um raio-x é pedido, mas nem sempre ele mostrará a fratura e por isso, o médico poderá pedir para o paciente voltar depois de 1 ou 2 semanas para novos exames radiológicos comparativos.

Como é o tratamento?
O paciente precisará usar aparelho gessado no braço, incluindo o polegar, podendo ou não chegar acima do cotovelo, por pelo menos 12 semanas.
Às vezes a calcificação pode não ocorrer e os fragmentos do osso não se consolidam. Nesses casos, a cirurgia é indicada.
A complicação principal é a necrose avascular, quando alguma parte do osso “morre” pela falta de irrigação sanguínea. Nesses casos, a cirurgia também é indicada, para ser retirado este fragmento do osso, ou colocado enxerto e osteossíntese.
Após a retirada do gesso, habitualmente o paciente é encaminhado à fisioterapia, para reabilitação funcional.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Tiver movimentação do punho ativa, livre e sem dor.
• Tiver recuperado a força, comparada ao outro braço.
• Não apresentar dor durantes atividades manuais.

Exercícios de reabilitação da Fratura de Escafóide:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Movimentos Ativos:
A – Flexão: Gentilmente flexione o punho para frente
B – Extensão: Leve a mão para trás, estendendo o punho.
C – Lateralmente: Leve a mão de um lado para outro.
2 - Alongamentos:
A - Flex ão e Extensão de Punho: Com a mão lesionada flexionada para frente, use a outra mão para aplicar pressão. Mantenha 20 segundos e relaxe. Leve a palma da mão lesionada para trás e com a outra mão aplique pressão.
B - Flexão de Punho em Pé: Em pé, apóie as costas das mãos em uma mesa, a palma e os dedos devem estar para cima, apontando para o seu corpo. Mantenha os cotovelos estendidos, incline-se para frente. Mantenha essa posição por 20 segundos e relaxe.
C. Extensão de Punho em Pé: De frente para mesa, apóie as palmas das mãos na mesa, mantenha os cotovelos estendidos e incline o corpo para frente. Mantenha 20 segundos e relaxe.

3 - Flexão de Punho:


Segurando uma lata de molho de tomate, com a palma da mão para cima, flexione o punho.
Lentamente, volte à posição inicial.

Faça 3 séries de 10 repetições.




 4 - Extensão de Punho:


Com a palma da mão para baixo, segurando uma lata de molho de tomate, lentamente, traga a mão para cima. Volte à posição inicial.

Faça 3 séries de 10 repetições.







5 - Flexão de Dedos:


Segure uma bola de borracha e aperte-a o máximo possível, mantenha por 5 segundos e relaxe.

Faça 3 séries de 10 repetições.










 6 - Extensão de Dedos:


Com a palma da mão apoiada em uma mesa, levante um dedo, mantenha 5 segundos e relaxe.
Repita com os outros dedos até fazer 10 vezes cada dedo.


7 - Pronação e Supinação do Antebraço:


Com o cotovelo flexionado a 90º e apoiado no tronco, gire a palma da mão para cima e para baixo, sem mexer o cotovelo.

Faça 3 séries de 10 repetições.

 

DUPUYTREN (FIBROMATOSE PALMAR)

Trata-se de um espeçamento, com formação de nódulos, da fascia palmar. É uma doença de causa desconhecida, mas tem componente genético importante, comumente envolvendo indivíduos de ascendência mediterrânea e norte européia.

É mais encontrata em homens, de meia idade, e está associada em maior frequência com epilepsia, diabetes, álcool e tabagismo.
A doença é lenta e, às vezes, progressiva. O paciente nota nódulos em geral indolores, na palma da mão, que podem evoluir para contratura dos dedos e limitação para extensão dos mesmos. O dedo mais acometido é o quarto (anelar)

Tratamento:
A imobilização não é curativa, mas órteses noturnas podem ser uma tentativa de minimizar a piora das contraturas.
A cirurgia é indicada quando há contraturas maiores que 30° entre o metacarpo e a falange ou 10° entre as falanges proximal e média. O procedimento cirúrgico envolve liberação das contraturas e excisão da fáscia acometida.
Pode haver recidiva da doença, mesmo após cirurgia.

DEDO EM MARTELO

O que é o dedo em martelo?

É uma lesão que ocorre na ponta do dedo, sendo uma lesão pura do tendão extensor ou também uma fratura no dorso da falange distal (ponta do dedo), causada por uma pancada em sua extremidade.
No dedo em martelo, o tendão que retifica a ponta do dedo é lesionado, comprometendo esta habilidade, podendo causar a incapacidade de esticar totalmente o dedo.

Como ocorre?
Normalmente, há um impacto direto contra a ponta do dedo ou um trauma com o dedo dobrado.

Quais os sintomas?
Dor e edema na ponta do dedo. Perda da capacidade de esticar a ponta do dedo, que pode se tornar permanente se for uma lesão antiga ou se não houver interferência de um médico.

Como é diagnosticado?
O médico examinará o dedo e analisará os sintomas. Raios-X podem ser feitos, para constatar se há fratura.
Pode ocorrer a ruptura do aparelho tendinoso extensor do dedo ou o arrancamento de um pedaço de osso pelo tendão que se conecta a ele, na última falange do dedo.

Como é tratado?
O dedo é retificado e colocado em uma tala, por, aproximadamente, 6 semanas, para permitir que o tendão se conecte novamente ao osso. Em caso de um pedaço do osso ter sido arrancado, a imobilização tem o objetivo de permitir que o osso cicatrize.
É importante manter a tala para permitir a cicatrização. O dedo, provavelmente, estará com edema.
Deve-se aplicar compressas de gelo por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
Quando deitado, elevar a mão, apoiando-a sobre um travesseiro. Quando sentado, elevar a mão apoiada acima do nível do coração, por exemplo, apoiando-a no braço do sofá.
Algumas vezes, é necessário fazer uma cirurgia para correção do problema, o que é mais comum quando há lesão apenas do tendão, sem fratura, pois a cicatrização é mais difícil.
Após a retirada da tala é comum que os pacientes sejam encaminhados para a fisioterapia.

Quando retornar à atividade ou esporte ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente. Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação do dedo, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.
É importante usar uma tala no dedo em martelo por, pelo menos, 6 semanas após a lesão. Ao usá-la, como recomendado pelo médico, o retorno às atividades pode ser mais rápido. Não usá-la, pode levar à uma lesão permanente ou a uma deformação do dedo.

Como prevenir o dedo em martelo?
O dedo em martelo é causado por uma forte pancada na sua extremidade, normalmente acidental e imprevisível. Por isso, não existe uma maneira de prevenção.

Exercícios de reabilitação da lesão do dedo em martelo:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
Figura 1 - Flexão do Dedo
Gentilmente, auxiliar a flexão da articulação lesionada com a mão oposta.
Depois, com cuidado, tentar esticar a articulação lesionada, sempre com a ajuda da outra mão.
Repetir, lentamente, mantendo a posição por 5 segundos ao final de cada movimento.
Fazer 10 vezes, de 3 a 5 vezes por dia.

Figura 2 - Estiramento do Dedo
Com a mão espalmada sobre uma mesa e os dedos estendidos, levantar, individualmente, cada dedo e mantê-lo nesta posição por 5 segundos.
Completar o exercício com os 5 dedos, individualmente.
Manter cada dedo levantado por 5 segundos e repetir 10 vezes.

Figura 3 - Fechamento do Punho
Flexionar os dedos, fechando o punho. Se o dedo lesionado não dobrar até o punho, auxilie-o a dobrar, com a mão não lesionada.
Manter a posição por 5 a 10 segundos e repetir 10 vezes.

Figura 4 - Pegar Objeto
Praticar pegar pequenos objetos com o dedo lesionado e o polegar, como: moedas, bolas de gude, broches ou botões.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DEDO EM GATILHO

Os tendões flexores do dedo excursionam, em condições normais, dentro de algumas"polias", que os mantém em seu leito.
O tendão ou a polia anular podem se tornar espessados, por inflamação e atrito crônicos, levando a uma alteração mecânica conhecida como dedo em gatilho.
Assim há perda do movimento e o dedo pode ficar "travado" em uma posição fletida. Os dedos mais acometidos são o indicador e o anular.
O dedo em gatilho pode ser associado com artrite reumatóide ou diabetes. É mais comum em mulheres.
Sintomas:

Dor e sensação de bloqueio articular. A sensação é geralmente referida na articulação entre a falange média e proximal, mas a patologia se dá entre o metacarpo e a falange.

Tratamento:
Pode-se inicialmente usar antinflamatórios e tratamento fisioterápico. Há também a opção de infiltrar a bainha (e não o tendão !) com corticóide. Se após 3 infiltrações não houver resultado, indica-se alguma abordagem cirúrgica com abertura da polia.